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Bradesco (BBDC4): Lucro salta 29% no 2T25, chega a R$ 6,1 bilhões e bate expectativas

30 jul 2025, 18:12 - atualizado em 30 jul 2025, 20:50
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O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) mostrou evolução e subiu 4,2 pontos percentuais no ano e 2,4 pp no trimestre, rompendo a casa dos 13%

O Bradesco (BBDC4) reportou lucro recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta (30).

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O número ficou acima do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 5,9 bilhões no período.

Após sequência negativa, com rentabilidade bem abaixo dos pares e índices de qualidade, incluindo inadimplência, que mostraram deterioração preocupante, o Bradesco tenta ‘acertar a mão’.

A prioridade até aqui tem sido melhorar a qualidade dos ativos e recuperar a rentabilidade, mesmo que isso implique em um crescimento de crédito mais contido em 2025.

Como o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, não cansa de repetir, um crescimento step by step (passo a passo).

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O banco é o segundo a divulgar o seu resultado, após o Santander Brasil (SANB11) ter entregado lucro de R$ 3,6 bilhões.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) mostrou evolução e subiu 3,2 pontos percentuais no ano e 0,2 pp no trimestre, para 14,6%.

Média de quatro analistas consultados pelo Money Times esperava ROE de 14,35%.

Mesmo assim, o banco não conseguiu superar a rentabilidade do seu rival espanhol, que encerrou o período com 16,4%.

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Segundo Noronha, “superamos a marca de lucro de R$ 6 bilhões, mas ainda estamos longe de onde queremos chegar”.

“Nosso plano divulgado há um ano e meio é para aumentar a nossa competitividade no curto e no longo prazo. Estamos num bom caminho, a execução do plano tem andado como previsto originalmente”, afirmou.

No after marker de Nova York, a ação subia 2,89%.

“O Bradesco apresentou um resultado que deve agradar o mercado, trazendo diversos pontos positivos”, escreveu Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

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Bradesco: Aumento dos calotes?

A carteira de crédito expandida voltou a subir e chegou a R$ 1 trilhão, alta de 1,3% no trimestre e 11,7% no ano. Houve expansão de 16% na carteira de pessoas físicas e 8,6% na de pessoas jurídicas (empresas).

Apesar disso, o banco elevou sua despesa com PDD, reserva de capital que bancos fazem para lidar em casos de inadimplência, em 11,7% no ano e 6,5% no trimestre, para R$ 8,9 bilhões.

O aumento também foi verificado no Santander, o que pode indicar uma maior cautela dos bancos em meio à disparada dos juros.

“A economia começou a desacelerar de forma mais evidente no segundo trimestre e esperamos que desacelere mais daqui para frente. Assim, é preciso manter a nossa cautela, preservar a boa qualidade das novas safras de crédito, sem perder bons negócios”, disse Noronha.

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Ainda segundo o banco, o aumento das despesas está relacionado ao maior crescimento das operações massificadas, com destaque para MPME, pessoas físicas e a consolidação do Banco John Deere.

Mesmo assim, a inadimplência seguiu controlada.

Ou seja, o banco conseguiu crescer a carteira sem prejudicar a linha, importante termômetro para medir a capacidade dos clientes de honrarem suas dívidas, que se manteve estável para acima de 90 dias, a 5,1%, e com queda de 0,2 p.p. no ano.

Margens e receitas

A margem financeira com clientes continuou sua recuperação e melhorou 16,4% ante o ano passado, para R$ 17,7 bilhões.

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De acordo com o banco, o número foi impulsionado pelo aumento da carteira de crédito e da taxa média.

Já a margem com mercado foi de R$ 288 milhões, recuo de 11,4% ante o ano passado e 37,7% em comparação com o ano a passado.

A receita atingiu R$ 34 bilhões no trimestre, elevação 15,1%, impulsionada por forte crescimento em todas as linhas: margem financeira total, receitas com serviços e seguros

A receita com serviços cresceu 5,5% no trimestre e 10,6% no ano. Na comparação anual, os destaques foram as receitas de rendas de cartão, consórcios e mercado de capitais.

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As despesas operacionais aumentaram 5,9% no trimestre e 9,9% no ano, para R$ 15,8 bilhões, porém.

O Bradesco diz que esse ritmo de crescimento reflete em grande medida os investimentos que o banco faz em coligadas.

Guidance revisado para cima

Em meio à expansão superior ao projetado, o Bradesco espera, agora, um crescimento da receita de serviços entre 5% e 9%, superior à projeção anterior de 4% a 8%.

O resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, por sua vez, deve subir 9% a 13%, versus 6% a 10% anteriormente.

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“A revisão se deve a melhor perspectiva para a receita de serviços e do desempenho de seguros. Nosso guidance continua a considerar cautela na originação de crédito”, disse.

Indicador Guidance Anterior Guidance Revisado Realizado (1S25 x 1S24)
Carteira de Crédito Expandida 4% a 8% Mantido 11,7%
Margem Financeira Líquida
(Margem Total – PDD Expandida)
R$ 37 bi a R$ 41 bi Mantido R$ 19,5 bi
Receitas de Prestação de Serviços 4% a 8% 5% a 9% 10,4%
Despesas Operacionais
(Pessoal + Administrativas + Outras)
5% a 9% Mantido 11,1%
Resultado de Seguros, Previdência e Capitalização 6% a 10% 9% a 13% 26,8%

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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