Bradesco (BBDC4): Lucro encolhe mais de 30% no 2T23, a R$ 4,51 bilhões
O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,51 bilhões no segundo trimestre de 2023, de acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira (3).
O valor representa uma queda de 35,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o segundo maior banco privado do Brasil registrou ganhos de R$ 7,04 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre do ano, a companhia apresentou um crescimento de 5,6%.
O consenso do mercado estava na expectativa por lucro de R$ 4,48 bilhões, segundo informações da Bloomberg.
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A carteira de crédito expandida avançou 1,6% ano a ano, a um montante aproximado de R$ 868,7 bilhões, com o segmento pessoa jurídica respondendo pela maior parcela. Em relação ao trimestre passado, houve contração de 1,2% nos números.
O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) atingiu 11,1%, queda de 7 pontos percentuais sobre o resultado de 2022 e leve alta de 0,5 ponto percentual trimestre a trimestre. O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu 2,4 pontos percentuais, a 5,9%.
A margem financeira da companhia totalizou R$ 16,5 bilhões, avanço anual de 1,2%. As provisões (PDD expandida) atingiu R$ 10,3 bilhões, representando um salto de quase 100% devido ao aumento das despesas nesta linha, pressionadas pelas condições do cenário de endividamento, em especial das micro e pequenas empresas, de acordo com a instituição.
O Bradesco destacou que tem observado melhora no índice de inadimplência nas novas safras. Porém, a taxa média líquida permanece pressionada pelo estoque, tendo como consequência o aumento da despesa com PDD.
A margem com clientes acumulou R$ 16,6 bilhões no segundo trimestre, perda de 1,7% sobre um ano antes, em função das políticas de crédito mais restritivas.
Revisão de guidance
O Bradesco aproveitou a divulgação dos resultados do segundo trimestre para revisar algumas linhas de seu guidance para 2023.
Dentre as alterações, o destaque fica para a queda das projeções de crescimento para a carteira de crédito expandida, com o percentual atualizada para a faixa de 1-5% (de 6,5-9,5% anteriormente).
A estimativa para a margem financeira passou a ser de 2-6%, de 7-11% no guidance anterior.
As despesas devem avançar entre 7% e 11% no ano, enquanto o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização mostrarão avanço de 21% a 25%, acrescenta a instituição.
O Bradesco manteve as projeções de receita de prestação de serviços (2-6%), além do PDD na faixa de R$ 36,5-39,5 bilhões.