Bradesco (BBDC4): Itaú BBA rebaixa banco, de olho em recuperação mais lenta dos lucros
O Itaú BBA rebaixou a recomendação do Bradesco (BBDC4) para market perform — equivalente à neutra — às vésperas da temporada de balanços do quarto trimestre de 2024 (4T24), tendo em vista a redução das estimativas para o ano fiscal de 2025. O preço-alvo é de R$ 14.
Na avaliação da casa, os próximos resultados — referentes ao quarto trimestre — devem ser “ok”, na casa dos R$ 5,5 bilhões, com 13% de retorno sobre o patrimônio (ROE).
No entanto, os analistas cortaram as estimativas para o NII (resultado líquido da intermediação financeira) total em 7% devido ao enfraquecimento do NII de mercado e dos NIMs (margens de intermediação financeira) dos clientes.
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Ainda, calculam aumento para um ritmo de 8% ao ano nas despesas gerais e administrativas (SG&A), devido a investimentos mais pesados em tecnologia e inovação.
“Em segundo plano, também observamos um maior custo do risco à medida que 2025 avança. Nossos lucros líquidos anteriores caíram 9% para agora R$ 21,5 bilhões (+10% ao ano), um ROE decente em torno de 13%, mas não o suficiente para justificar uma nova avaliação relevante”, pondera o Itaú BBA.
Os analistas apontam que a ação do Bradesco possui valor, considerando especialmente o lucrativo negócio de seguros, e acertos da administração.
“No entanto, a recuperação mais lenta dos lucros e a crescente incerteza manterão provavelmente os múltiplos deprimidos por mais tempo”, argumenta o BBA.
Para o próximo trimestre, o Itaú BBA adota uma visão cautelosa sobre bancos e preferência por qualidade em vez de valor. Neste cenário, projetam como destaques positivos para a temporada o BTG Pactual (BPAC11) e Banco Inter (INBR32).