Mercados

Bradesco (BBDC4): Governo Lula piora situação e preço volta para derrocada de Dilma; oportunidade?

03 jan 2023, 19:56 - atualizado em 04 jan 2023, 9:30
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Imagem: Adobe Stock/Montagem: Giovanna Figueredo

Os valores das ações do Bradesco (BBDC4) atingiram o menor patamar desde março de 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff e quando o país enfrentava uma das maiores crises econômicas de sua história.

Nesta sessão, o papel tombou 4,98%, a R$ 14, menor do que o momento mais agudo da pandemia em 2020.

  • Enquanto Bradesco (BBDC4) acumula quedas e sofre com o Lula 3, existe outro “bancão” que é muito mais sólido, barato e rentável, e que já “sobreviveu” a vários governos. [SAIBA AQUI QUAL É]

Não só o Bradesco, mas o setor caiu em bloco: Itaú (ITUB) desvalorizou 2,08%, Santander (SANB11) 1,33% e o BTG (BPAC11) teve tombo de quase 10% desde que o governo Lula assumiu o mandato oficialmente.

No caso do Banco do Brasil (BBAS3), que caiu 1,68%, pesa também o fator estatal.

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, diz que os bancos sofrem em um cenário econômico mais desafiador, que deve aumentar a inadimplência, e reduzir o apetite para o risco e, consequentemente, a tomada de crédito.

Incertezas econômicas se somam a resultados considerados fracos

É hora de comprar Bradesco?

Para João Abdouni, da Inv, a ação parece muito barata. No entanto, o governo precisa ajudar.

Em relatório publicado nesta quarta, o Citi disse que Bradesco provavelmente continuará a sofrer o impacto de margem financeira (NII) de mercado negativa e maiores despesas com provisões.

“A grande dúvida continua sendo o banco, cujo guidance para 2022 implica em ampla variação para o quarto trimestre, com potencial para provisões ainda muito altas no primeiro semestre de 2023, aliviando posteriormente.”

Os analistas estimam lucro de R$ 4,15 bilhões no quarto trimestre com margem financeira de R$ 17,3 bilhões para o Bradesco.

No terceiro trimestre, o lucro do Bradesco caiu 22%, o que provocou uma fuga generalizada de investidores preocupados com a rentabilidade e assustados com a elevação da inadimplência. No dia seguinte, a ação despencou 14%, maior tombo diário em 24 anos.

A analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma, não recomenda compra na ação e diz que “não é hora de bancar o herói”.

“A inadimplência continua subindo ao longo do quarto trimestre e quiçá no começo do ano que vem. Pode ser que a ação caia mais. Optamos por seguir em um nome de mais qualidade, que é o Itaú, por mais que isso envolva pagar um prêmio diante de um cenário árido de ciclo de crédito que estamos vivendo”, coloca.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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