Bradesco (BBDC4) ‘conquista’ Goldman Sachs e agora é compra; veja potencial de alta
Bastou um resultado bem ‘azeitado’ para o Bradesco (BBDC4) ganhar investidores e, agora, conquistar os analistas. Depois de UBS-BB e Itaú BBA, chegou a hora do Goldman Sachs elevar a recomendação do papel para compra, com preço-alvo de R$ 17,5, potencial de alta de 16%.
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Na bolsa, a ação fechou com alta de 4,48%, a R$ 15,64, estendendo o rali de 26% desde que divulgou lucro de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre. Os papéis também foram os mais negociados do mercado brasileiro nesta segunda-feira (19).
Segundo os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Beatriz Abreu, que assinam o relatório, o BBDC está no caminho certo para entregar ROE (retorno sobre o patrimônio) em linha com o seu custo de capital próprio nos próximos trimestres.
Pelos cálculos do Goldman, o ROE terminará 2024 em 11,9%, 14,8% em 2025 e 15,7% em 2026. “Esta recuperação modesta da rentabilidade deverá impulsionar um crescimento sólido dos lucros ao longo dos próximos três anos, embora partindo de uma base baixa, após vários anos de queda da rentabilidade”, diz.
E falando em lucro, o banco elevou a projeção em 9% para R$ 19,5 bilhões e em 7% em 2025 para R$ 25,5 bilhões, “dados os ventos positivos na qualidade dos ativos e modestamente maior receita líquida de juros à medida que o banco começou a aumentar o empréstimo crescimento após vários anos de perdas de quota de mercado”.
O trio de analistas diz ainda que enquanto o Bradesco pode enfrentar desafios para expandir a participação de mercado em empréstimos ao consumidor, dada a forte concorrência das fintechs, há espaço para ganhar participação num mercado de PME (pequenas e médias empresas) relativamente menos competitivo, “onde tem historicamente teve uma vantagem relativa”.
Isso, segundo os analistas, pode levar a uma aceleração nas receitas e uma melhoria necessária na eficiência, embora ainda mais fraca do que os outros bancos.
O Goldman também espera que o Bradesco registre o segundo CAGR (taxa de crescimento anual composto) de lucros mais rápido entre 2023 e 2026, crescendo a um ritmo de 22%, “atrás apenas do Santander Chile em nossa cobertura entre os bancos históricos da região”.
Por fim, os analistas lembram que embora as ações tenham subido 17% no último mês, ela teve desempenho inferior ao de seus pares bancários no Brasil com base no acumulado do ano e negocia abaixo do valor contábil.