Bradesco (BBDC4): Americanas (AMER3) só piorou o que já seria ruim; esqueça a ação
O Bradesco (BBDC4) divulgou na noite de quinta-feira (10) seus números do 4T22, que vieram abaixo da expectativa. O banco entregou um lucro líquido gerencial de R$ 1,6 bilhão, com retorno sobre patrimônio líquido de 4%, uma perda de rentabilidade expressiva, decorrente principalmente do efeito Americanas.
Mas, mesmo excluindo isso, os resultados ainda teriam sido decepcionantes. A carteira de crédito atingiu R$ 892 bilhões, crescimento trimestral de 2%. Os destaques foram as linhas de cartão de crédito (+6%) e financiamento imobiliário (+2%).
O spread médio ficou estável ao redor dos 10%; com isso, a margem financeira (diferença entre receita de juros e custo de captação) cresceu em linha com o portfólio de crédito (+2%).
Bradesco (BBDC4): Americanas (AMER3) só piorou o que já seria ruim
A inadimplência foi, mais uma vez, a vilã do resultado, sendo as Americanas o principal ofensor. Seguindo o movimento de Itaú, o Bradesco provisionou 100% da sua exposição à varejista, de R$ 4,9 bilhões, como perda de crédito. Isso teve um grande impacto na despesa de inadimplência do trimestre, que mais que dobrou contra o tri anterior.
Todavia, mesmo sem o efeito Americanas, essa linha ainda teria piorado em 38% na mesma comparação, em função da deterioração dos índices de atraso de mais de 90 dias.
A piora veio principalmente dos segmentos de pessoa física (aumento de 0,4 p.p.) e pequenas e médias empresas (+0,8p.p.).
Os executivos do banco afirmaram, durante a teleconferência para analistas, que os calotes devem continuar piorando ao longo de 2023, com a deterioração ainda vinda do varejo até meados do ano; e passando a vir do atacado a partir do segundo semestre.
BBDC4: margem financeira total cai 80% no trimestre
A margem com o mercado, que reflete o resultado de tesouraria, veio negativa, mais uma vez: -R$ 803 mihões.
É verdade que o prejuízo foi menor que o do trimestre anterior, mas ainda assim, um resultado negativo nessa linha não é…
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