Bradesco (BBDC4): Ações ainda podem subir 75%, apesar de pressão sobre crédito, diz Eleven
A Eleven Financial revisou o preço-alvo do Bradesco (BBDC4) para o fim de 2023 a R$ 30, indicando um potencial de alta de 75%, frente ao valor de referência das ações da companhia.
O novo valor representa um corte frente ao preço-alvo anterior, de R$ 31 para o fim de 2022. A mudança considera a elevação do custo de capital da companhia e o novo cenário de expectativa de aumento de pressão na qualidade da carteira de crédito do banco.
A corretora também manteve a recomendação de compra para o Bradesco, pois acredita que “a relação risco-retorno está bem atrativa para o investidor”, apesar do cenário macroeconômico.
A nova avaliação acontece enquanto o mercado aguarda a divulgação dos resultados do 2T22 da companhia. Os dados do banco serão publicados na próxima quinta-feira (4). Confira o calendário completo de resultados aqui.
Futuro do crédito
Em relação à carteira de crédito do banco, Raul Grego e Carlos Daltozo, analistas da Eleven que assinam o relatório, acreditam que a concessão deve ser mais restrita, “principalmente para classes de baixa renda, onde a inadimplência é maior”.
Os especialistas calculam que o índice de inadimplência pode manter um crescimento gradual nos próximos meses deste ano, com aumento de cerca de 0,3% para o próximo trimestre, “puxado pelas linhas de cartões e cheque especial”.
Além disso, os analistas esperam que o empréstimo consignado ganhe força, diante do aumento da margem em 5% para beneficiários do INSS. Por outro lado, os analistas calculam uma demanda por crédito imobiliário “bem reduzida em função das elevadas taxas de juros”.
Serviços
Grego e Daltozo também esperam que a receita de serviços do Bradesco siga uma tendência positiva ao longo do ano. O segmento deve ser liderado por cartões, consórcio e seguros, no qual os analistas esperam “uma boa recuperação, o que irá compensar outras linhas que demonstrem menor performance”.
No segundo semestre de 2022, contudo, o banco deve aumentar a pressão sobre a “linha de pessoal, por conta do acordo coletivo da categoria, que deve ficar em linha com o ano anterior”.
Para os analistas, o contexto deve aumentar o desafio de manter a eficiência, apesar do “bom controle de custos” que o Bradesco tem realizado com a reestruturação das agências.
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