É só o começo? Bradesco (BBDC4) pode subir quase 40%, vê UBS-BB
Os ventos favoráveis do Bradesco (BBDC4) levaram o UBS-BB a reafirmar a recomendação de compra na ação e elevar o preço-alvo de R$ 18 para R$ 19 até 2025, o que abre potencial de alta de 37% ante o fechamento.
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Na sessão de ontem, o papel disparou 8% após divulgar resultados que mostraram que o banco está no caminho para recuperar as suas margens e lucros. Nesta sessão, o papel sobe mais 3%.
Segundo o banco suíço, o Bradesco entregou números com uma combinação de boas tendências de qualidade de ativos e receita líquida sólida.
“Mesmo considerando o cenário macro difícil, as ações do Bradesco registraram uma recuperação material. Acreditamos que a lucratividade do banco pode atingir seu custo de capital no terceiro trimestre de 2025 e, portanto, o banco merece ser negociado mais próximo de seu valor contábil no curto prazo”, afirma.
Ainda segundo o UBS-BB, o momentum de curto prazo deve continuar a melhorar, enquanto os lucros devem se aproximar de R$ 5 bilhões por trimestre na segunda parte do ano. No segundo trimestre, o bancou lucrou R$ 4,7 bilhões, acima do esperado pelo consenso do mercado.
Os analistas recordam ainda que os lucros do Bradesco no segundo trimestre registraram uma escalada: R$ 1,5 bilhão em abril, R$ 1,6 bilhão em maio e R$ 1,7 bilhão em junho, o que deve continaur.
Após incorporar as cifras do segundo trimestre, o UBS revisou as estimativas de lucros em 5% em 2024 (para R$ 18,9 bilhões), enquanto manteve as estimativas de 2025-26 praticamente inalteradas.
Para o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), o UBS espera uma taxa de 11,6% em 2024, 14,9% em 2025 e 17% em 2026. No segundo trimestre, o banco encerrou o período com retorno de 10,5%.
CEO promete entregar guidance
O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, reafirmou o guidance do banco. Parte do mercado questiona se a instituição terá fôlego para atingir as projeções. Em comentário, os analistas escreveram que algumas linhas, como o NII, a margem líquida, parecem improváveis de serem cumpridas.
“No grupo implícito do guidance, que é onde importa, tenho convicção que vamos entregar acima lucro implícito”, afirmou. Pelas projeções, o banco espera encerrar 2024 com margem líquida implícita de R$ 28,1 bilhões a R$ 34,8 bilhões.
Nas outras linhas, Noronha lembra que a margem financeira, por exemplo, é uma combinação de resultados, que incluem receita financeira, menos o custo de inadimplência. É esperada margem financeira de total de 7% até o fim do ano.
“Se for em linha mais arriscada, eu posso até crescer em cima, mas vou levar o custo de provisão para cima. Queremos manter o equilíbrio, que mantenha o portfólio seguro. Estamos trabalhando para entregar lucro acima e perseguir cada linha, porque isso está no nosso objetivo, não vamos parar para rever cada linha. Se eu for revisar uma linha, vamos ter que revisar as outras”, destaca.
Ainda segundo o CEO, o mês de junho já sinaliza um bom trimestre. A expectativa é que o terceiro trimestre seja ainda melhor do que o segundo.