Agronegócio

Bradesco aposta nas CPRs como principal instrumento de crédito ao agro

07 ago 2019, 11:16 - atualizado em 07 ago 2019, 11:26
Instituições financeiras se movimentam mais em direção ao agronegócio (Imagem: REUTERS/Marcelo Rodrigues Teixeira)

Na medida em que a chamada economia urbana segue empacada, com reflexos na redução da tomada de créditos e aumento do risco, os bancos olham cada vez mais o agronegócio que segue fortalecido em plena crise. Mais ainda porque o sistema financeiro também começa ser mais procurado com a crescente aversão do governo em participar do financiamento do setor. O Bradesco pretende crescer nesse mercado.

E a Cédula de Produto Rural (CPR), para a instituição, é hoje o principal título do agronegócio, porque atende todos os níveis de tomadores, dos pequenos aos grandes, de acordo com Roberto França, diretor do Bradesco para o setor. O título é uma garantia de entrega futura do produto e atua como facilitador na produção e comercialização.

Sobre a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que perdeu fôlego da safra passada para esta, na medida em que a taxa Selic veio caindo – e a poupança rural cresceu em proporção, conforme deu Money Times baseado em dados do Sicoob/Bancoob (16/7) -, França lembra que o Brasil vai se “acostumando a operar com taxas de juros mais civilizadas”.

E o título, que “é um instrumento de capitalização dos bancos”, poderá voltar a crescer em interesse, porque tem um custo mais barato. E serve de funding para as CPRs.

Já em relação ao renda fixa Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), o diretor de agronegócio do Bradesco concorda que a operação é mais voltada para operações estruturantes, e próximas, portanto, das securitizadoras.

“Se eu assumo o risco  de crédito, prefiro dar a CPR”, complementa Roberto França, sem revelar o volume da carteira de agronegócio da instituição, cuja participação do setor sucroenergético é de 20%.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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