BusinessTimes

Braço de renováveis da Total obtém R$ 280 milhões para usina solar no Brasil com debêntures

10 mar 2020, 12:22 - atualizado em 10 mar 2020, 12:22
Setor Elétrico Energia Solar
A usina solar de Dracena, que está em operação desde agosto de 2019, recebeu investimentos totais de R$ 350 milhões (Imagem: Unsplash/@draufsicht)

A Total Eren, veículo da petroleira francesa Total para investimentos em fontes renováveis, levantou 280 milhões de reais para um projeto de geração solar no Brasil por meio da emissão de debêntures, segundo comunicado da empresa nesta quarta-feira.

Em paralelo, a companhia de energia limpa também informou que iniciou recentemente a construção de usinas de energia eólica no país que somarão 160 megawatts em capacidade, o que leva o portfólio local da empresa a um total de 300 megawatts em operação ou construção.

O movimento também marca a estreia da companhia em projetos eólicos no Brasil, após os primeiros aportes no país terem focado ativos de geração solar.

A companhia de energia limpa também informou que iniciou recentemente a construção de usinas de energia eólica no país que somarão 160 megawatts em capacidade (Imagem: Reuters/Charles Platiau)

As informações confirmam reportagem da Reuters em abril do ano passado sobre a aquisição pela Total de seu primeiro projeto eólico no país.

A Total Eren disse que a captação para o empreendimento solar foi realizada com a emissão de debêntures de infraestrutura com vencimento em mais de 17 anos. A operação vai financiar a usina fotovoltaica de Dracena, com 90 megawatts em capacidade, no Estado de São Paulo.

As debêntures foram todas adquiridas pela Kinea Investimentos, em transação coordenada por BNP Brasil e XP Investimentos, acrescentou a Total.

A usina solar de Dracena, que está em operação desde agosto de 2019, recebeu investimentos totais de 350 milhões de reais. O empreendimento vendeu a produção em contratos de 20 anos em leilão realizado pelo governo brasileiro em agosto de 2014.

Já os parques eólicos com obras iniciadas ficam no Rio Grande do Norte. A usina de Terra Santa, com 92,3 megawatts, está em obras desde outubro de 2019, enquanto a construção da usina Maral, com 67,5 megawatts, começou em novembro de 2019.

“O Brasil oferece oportunidades bastante promissoras tanto em termos de recursos de energia solar quanto eólica e temos a convicção de que essa diversificação será essencial para o nosso crescimento constante no país. Nossa entrada na energia eólica, combinada com o financiamento de longo prazo bem-sucedido de Dracena, reforça a nossa posição no Brasil”, disse o diretor-geral da Total Eren Brasil, Pierre-Emmanuel Moussafir, em nota.

A Total Eren disse que a captação para o empreendimento solar foi realizada com a emissão de debêntures de infraestrutura com vencimento em mais de 17 anos (Imagem: Reuters/Stephane Mahe)

A empresa afirmou que esses dois empreendimentos eólicos fecharam a venda da produção em contratos corporativos, privados, por prazo de 20 anos. A operação comercial está prevista para o quarto trimestre de 2020.

O parque eólico Terra Santa foi adquirido junto à brasileira Vila Energia Renovável.