BR Distribuidora sobe mais de 2% após registrar lucro 93% maior no 1º trimestre
Nos primeiros negócios da manhã desta terça-feira na bolsa paulista, as ações da BR Distribuidora (BRDT3) operam com alta de 2,50% a R$ 23,38, figurando assim entre as maiores altas do Ibovespa. No primeiro trimestre do ano, a companhia da Petrobras (PETR4) apresentou lucro líquido de R$ 477 milhões, representando um importante avanço em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado foi R$ 247 milhões. O avanço é de mais de 93%.
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Entre janeiro e março deste ano, a receita líquida da BR Distribuidora foi de R$ 22,432 bilhões, praticamente estável na comparação com o mesmo período de 2018, quando ficou em R$ 22,499 bilhões, queda de 0,3%. No período, o volume de vendas caiu de 10,109 milhões metros cúbicos para 9,765 milhões de metros cúbicos.
Com isso, o Ebitda Ajustado da companhia nos três primeiros meses do ano foi de R$ 841 milhões, um avanço importante de 8,7% na comparação com os R$ 773 milhões que foram apurados no mesmo período do ano passado. Desta forma, a margem Ebidta somou 0,3 ponto percentual, indo de 3,4% para 3,7%.
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Apesar do aumento nas provisões de prêmio por desempenho superior na comparação 1T19 vs 1T18, as despesas operacionais no 1T19 se mantiveram estáveis e neutralizadas do efeito inflacionário em consequência do forte controle orçamentário e utilização da ferramenta OBZ.
A BR fechou o trimestre com endividamento bruto consolidado de 6,375 bilhões de reais. A dívida líquida ficou em 2,37 bilhões de reais, mas a companhia ressaltou que, dos 4 bilhões disponíveis em seu caixa, 3 bilhões de reais “já foram compromissados para pagamento de juros sobre capital próprio e dividendos”.
Em relatório divulgado na manhã desta terça-feira, o BTG Pactual (BPAC11) destaca que o resultado da BR Distribuidora confirma a tese do banco de que sua expansão de margem depende muito mais de capacidades de melhoria do que simplesmente uma perspectiva macro/setorial mais forte,
Para os analistas, a volatilidade (ou talvez a falta de consistência na execução) continua a ser uma ressalva para uma empresa que ainda procura construir um histórico adequado, enquanto o baixo desempenho da participação de mercado também sugere que o equilíbrio certo entre lucratividade e crescimento ainda está para ser encontrado.
Com isso, o entendimento é que existe um viés mais positivo. Assim, os riscos de alta associados ao lançamento do plano de loja de conveniência, um sólido pagamento de dividendos, pagamentos de recebíveis da Eletrobras (ELET3), sugerem que o desempenho inferior ao acumulado no ano pode ter encontrado um piso.
Desta forma, o BTG deve atualizar suas estimativas em breve, além de aguardar detalhes e implicações do plano da Petrobras de vender uma grande participação de suas ações na empresa.
Para a Mirae Asset, o resultado foi sólido, ficou acima da expectativa e ainda com perspectivas favoráveis, destacando que no período deve ocorrer o desinvestimento da participação da Petrobras na empresa. Continuamos recomendando a compra, com upside de 22%