BR Distribuidora quer se livrar de maior parte dos 668 imóveis que possui
A BR Distribuidora (BRTD3) quer desmobilizar o máximo possível de imóveis detidos pela companhia, uma vez que busca focar em seu negócio de distribuição de combustíveis, afirmaram nesta terça-feira executivos da companhia, que conta com um total de 668 unidades imobiliárias.
“Queremos em princípio encaminhar os imóveis como potenciais ativos para serem desmobilizados, e eventualmente vamos olhar as exceções… que devemos manter”, disse o diretor financeiro da empresa, André Natal, durante teleconferência de resultados do terceiro trimestre.
Segundo ele, não há solução única para os casos de imóveis que podem ser vendidos, que em diversas situações envolvem áreas de postos de combustíveis.
Há terrenos grandes e alguns ativos que valem dezenas de milhões de reais isoladamente, acrescentou o executivo.
A companhia informou que foi contratada uma empresa para reavaliação de valor de todos os imóveis –já que a BR não tem expertise para administrar tal carteira de ativos. Além disso, disponibilizou “data room” a 15 interessados para avaliação de possível estruturação financeira de eventuais transações.
Em comunicado, a BR disse que foram iniciados esforços para venda direta de 19 imóveis.
“Não é um trabalho que se resolve em dois meses, exige uma certa diligência, respeitando a liquidez do tipo do ativo, não queremos depreciar os preços… Vemos soluções para venda do próprio operador do posto…”, afirmou o executivo.
Ele não precisou o valor que poderá ser obtido com a venda dos imóveis, mas disse que é uma base relevante.
A BR Distribuidora reportou lucro líquido de 1,3 bilhão de reais, aumento de 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, com impulso importante da antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia, distribuidora da Eletrobras que foi privatizada.