Combustíveis

BR Distribuidora ganha mais mercado, com volume de diesel resiliente em 2020

05 fev 2021, 7:57 - atualizado em 05 fev 2021, 8:04
BR Distribuidora BRDT3
A BR Distribuidora permanece como a ação top pick do setor de combustíveis (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Em 2020, o volume de combustíveis comercializado no Brasil retraiu 4,7% na comparação anual como resultado das medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19. No entanto, o diesel teve variação positiva de 0,2% no período, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Com isso, o Santander Brasil (SANB11) destaca as vendas de combustíveis no último trimestre do ano passado cresceram 0,5%, puxadas justamente pelo diesel. A ligação direta com o agronegócio beneficiou o combustível.

A principal companhia catalisadora, na opinião do analista Rodrigo Almeida, é a BR Distribuidora (BRDT3), cuja participação de mercado cresceu em dezembro passado de 20,7% em 2019 para 22,6%. No caso específico do diesel, o marketshare da distribuidora é ainda maior: cerca de 27%.

“A BR Distribuidora permanece como nossa top pick ao ter apresentado uma queda de  volume de combustíveis de 5,6% em 2020, mas ter mostrado recuperação no quarto trimestre, ao somar alta de 7% no volume, sustentado por sua forte presença no varejo“, enfatiza o analista.

As concorrentes Raízen, controlada da Cosan (CSAN3), e o posto Ipiranga, que pertence à Ultrapar (UGPA3), tiveram desempenhos bem aquém, ao totalizaram no 4° trimestre alta no volume de apenas 1,6% e baixa de 5%, respectivamente.

Veja a seguir as recomendações do Santander para as três ações do setor de combustíveis:

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Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo (R$)
BR Distribuidora BRDT3 Compra 29
Cosan CSAN3 Manutenção 86
Ultrapar UGPA3 Compra 26

Bolsonaro x combustíveis

Bolsonaro agradeceu aos caminheiros por não terem aderido à paralisação convocada pela categoria no início de fevereiro (Imagem: Facebook/Jair Bolsonaro)

Nesta sexta-feira (5), o  presidente Jair Bolsonaro prometeu se reunir com representantes de caminhoneiros, taxistas e outros setores para anunciar mudanças no setor de combustíveis e na cobrança de impostos no setor.

Bolsonaro, que falou em discurso em um evento no Paraná, afirmou que não poderia dar detalhes do que seria anunciado, mas disse ainda que o imposto cobrado pelo governo federal, o PIS/Cofins, é previsível, em 33 centavos por litro, mas que o ICMS, cobrado pelos Estados, “pode mudar de hoje para amanhã.”

“Precisamos de previsibilidade”, disse, agradecendo ainda os caminhoneiros por não terem aderido à greve marcada para a última segunda-feira.