BR Distribuidora cai mais de 4% após divulgação de resultados trimestrais
As ações da BR Distribuidora (BRDT3), maior empresa do setor de distribuição de combustíveis do Brasil, operam com forte queda nesta terça-feira, depois de a companhia informar que encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, aumento de 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, com impulso importante da antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia, distribuidora da Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6) que foi privatizada.
Com isso, por volta das 16h58, os papéis perdiam 4,35% a R$ 27,26.
O total de recebíveis somou R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, tendo gerado um efeito positivo no lucro líquido de R$ 940 milhões. Segundo a BR, o recebimento dos recursos foi um “importante passo na gestão de caixa” da companhia.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado aumentou 22,2% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 771 milhões, enquanto a receita líquida de vendas caiu 7,9%, para R$ 24,3 bilhões.
A queda da receita se deu em meio a um recuo de 4,4% no volume de vendas, para 10,487 bilhões de litros. Ante o segundo trimestre, houve um aumento de 4,9% no volume vendido.
A BR explicou que o volume total de vendas apresentou uma redução ante o ano passado em função da queda na comercialização de diesel, “decorrente do acirramento da competividade tanto nos segmentos de postos quanto em grandes consumidores e da não ocorrência de despacho pelas térmicas clientes da companhia”.
O BTG Pactual (BPAC11) destaca que a companhia conduziu inúmeras iniciativas que já existem para oferecer eficiências, incluindo um novo modelo de preço de combustível; novos modelos de compras, negociação e logística; gestão mais eficiente de pessoas e custos; e explorar oportunidades sem combustível em conveniência, pagamentos e vendas de ativos.
Além da reestruturação organizacional já anunciada, com uma economia anual esperada de R$ 650 milhões, os analistas não têm mais orientações quantitativas que possam indicar que a meta de expansão da margem de R$ 40 /m3 é realmente viável, ainda mais agora que o hiato de lucratividade em relação aos pares já está abaixo desse nível, e a BR continua a perder participação de mercado em meio a um ambiente competitivo intensificado.