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BR Distribuidora cai mais de 4% após divulgação de resultados trimestrais

12 nov 2019, 16:58 - atualizado em 12 nov 2019, 16:58
BR Distribuidora Combustíveis Empresas
O total de recebíveis somou R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, tendo gerado um efeito positivo no lucro líquido de R$ 940 milhões (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Por Investing.com

As ações da BR Distribuidora (BRDT3), maior empresa do setor de distribuição de combustíveis do Brasil, operam com forte queda nesta terça-feira, depois de a companhia informar que encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, aumento de 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, com impulso importante da antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia, distribuidora da Eletrobras (ELET3ELET5ELET6) que foi privatizada.

Com isso, por volta das 16h58, os papéis perdiam 4,35% a R$ 27,26.

O total de recebíveis somou R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, tendo gerado um efeito positivo no lucro líquido de R$ 940 milhões. Segundo a BR, o recebimento dos recursos foi um “importante passo na gestão de caixa” da companhia.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado aumentou 22,2% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 771 milhões, enquanto a receita líquida de vendas caiu 7,9%, para R$ 24,3 bilhões.

A queda da receita se deu em meio a um recuo de 4,4% no volume de vendas, para 10,487 bilhões de litros. Ante o segundo trimestre, houve um aumento de 4,9% no volume vendido.

A BR explicou que o volume total de vendas apresentou uma redução ante o ano passado em função da queda na comercialização de diesel, “decorrente do acirramento da competividade tanto nos segmentos de postos quanto em grandes consumidores e da não ocorrência de despacho pelas térmicas clientes da companhia”.

O BTG Pactual (BPAC11) destaca que a companhia conduziu inúmeras iniciativas que já existem para oferecer eficiências, incluindo um novo modelo de preço de combustível; novos modelos de compras, negociação e logística; gestão mais eficiente de pessoas e custos; e explorar oportunidades sem combustível em conveniência, pagamentos e vendas de ativos.

Além da reestruturação organizacional já anunciada, com uma economia anual esperada de R$ 650 milhões, os analistas não têm mais orientações quantitativas que possam indicar que a meta de expansão da margem de R$ 40 /m3 é realmente viável, ainda mais agora que o hiato de lucratividade em relação aos pares já está abaixo desse nível, e a BR continua a perder participação de mercado em meio a um ambiente competitivo intensificado.

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