Comprar ou vender?

BR Distribuidora: ação está barata e empresa mais eficiente, aponta UBS

06 jul 2021, 16:03 - atualizado em 06 jul 2021, 16:03
BR Distribuidora
Segundo o UBS, a BR Distribuidora possui uma série de cartas nas mangas para continuar crescendo de maneira sustentável (Imagem: Divulgação/B3)

A venda de 37,5% da participação da Petrobras (PETR3;PETR4) na BR Distribuidora (BRDT3) deverá tirar uma pedra das costas da empresa e destravar valor para o acionista, aponta o UBS em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

Com isso, o banco suíço elevou o preço-alvo das ações da companhia de R$ 30 para R$ 35, o que implica valorização de 18%. A recomendação é de compra.

Segundo o analista Luiz Carvalho, os papéis da BR estão sendo negociada a 8,1x o EV/Ebitda (que mede o valor da empresa), mais barato do que a média histórica de 9,5x o EV/Ebitda, enquanto, por outro lado, a BR está mais eficiente.

“Acreditamos que após o acompanhamento, o mercado irá precificar rapidamente as melhorias operacionais e o caso do BRDT passarão a ser de alocação de capital”, aponta.

Os próximos passos: onde crescer?

De acordo com o UBS, a BR Distribuidora possui uma série de cartas nas mangas para continuar crescendo de maneira sustentável.

Entre eles está a comercialização de energia. A empresa já comprou a Targus e iniciou conversas com a Golar, adquirida pela New Fortress Energy, para uma possível parceria.

O CEO Wilson Ferreira Jr disse à Reuters que ainda aguarda posicionamento da New Fortress sobre se as negociações terão andamento, mas que permanece o interesse da BR em avançar no setor de gás natural, que ele ressaltou ser o energético da transição.

Além disso, a empresa poderá encabeçar parcerias com as refinarias da Petrobras que foram ou que serão privatizadas.

“A BR Distribuidora já é o maior fornecedor de combustíveis líquidos para outras empresas e pode alavancar isso com uma transição de energia com menos carbono”, aponta.

O próprio Ferreira afirmou que a BR é hoje uma “empresa de combustíveis fósseis” e que tem a convicção de que a energia elétrica é o combustível do futuro.

Para Ferreira, ex-CEO da Eletrobras, é preciso considerar todas as oportunidades de negócios que deverão surgir a partir disso, considerando novas tendências de mobilidade e transição energética.