Bancos

Bowman, do Fed, diz manter mente aberta sobre tamanho de alta de juros em reunião de março

21 fev 2022, 14:15 - atualizado em 21 fev 2022, 14:16
“Estarei observando os dados de perto para julgar o tamanho apropriado de uma elevação dos juros na reunião de março”, afirmou Bowman (Imagem: REUTERS/Ann Saphir)

A diretora do Federal Reserve Michelle Bowman disse nesta segunda-feira que mantém em aberto suas opções para o tamanho do aumento inicial de juros na próxima reunião do banco central dos Estados Unidos, em março, postura que indica algumas divergências entre as autoridades sobre o quanto o início de seu ciclo de aperto monetário deve ser agressivo.

“Estarei observando os dados de perto para julgar o tamanho apropriado de uma elevação dos juros na reunião de março”, afirmou Bowman em comentários preparados para uma conferência da American Bankers Association em Palm Desert, Califórnia. “Pretendo apoiar ações rápidas e decisivas para reduzir a inflação.”

Bowman acrescentou esperar que altas adicionais na taxa de juros sejam necessárias nos próximos meses, de acordo com sua visão de que a inflação “alta demais” não começará a arrefecer até o segundo semestre deste ano. Ela destacou que há um risco substancial de que as pressões sobre os preços possam persistir.

A mente aberta de Bowman na reunião de política monetária de 15 e 16 de março está em desacordo com algumas outras autoridades do Fed no comitê de definição de juros do banco central, que, em comentários na semana passada, se opuseram às expectativas crescentes do mercado de possível aumento inicial maior que o normal, de 0,5 ponto percentual, para ajudar a conter a inflação, que está numa máxima em 40 anos.

Atualmente, investidores veem probabilidade de 83% de uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa de juros no próximo mês.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, inicialmente levou o mercado a precificar um movimento mais agressivo depois que pediu, 11 dias atrás, que o Fed subisse os juros em 1 ponto percentual completo até sua reunião de junho, uma trajetória de juros que exigiria pelo menos uma alta de 0,5 ponto até lá.

Em seu discurso, Bowman também pediu que o balanço patrimonial do banco central fosse reduzido a um nível adequado e gerenciável para ajudar a baixar a inflação, mas, assim como as elevações dos juros, por enquanto, ela permanece dependente de dados em relação ao cronograma.

“Olhando além desta primavera (nos EUA), minhas opiniões sobre o ritmo apropriado de aumentos da taxa de juros e redução do balanço patrimonial para este ano e além dependerão de como a economia evoluir”, disse Bowman.

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