Política

Bolsonaro vem aí: ex-presidente já tem data, horário e passagem para voltar ao Brasil

24 mar 2023, 11:01 - atualizado em 24 mar 2023, 11:01
Jair Bolsonaro
Bolsonaro tem data definida para retornar ao Brasil (Imagem: REUTERS/Evelyn Hockstein)

Após deixar o país dois dias antes de encerrar seu mandato, Jair Bolsonaro tem oficialmente sua data de retorno para o Brasil. Em 30 de março, às 7h10, está prevista a chegada do ex-presidente à Brasília.

A previsão é de que Bolsonaro deixe Orlando por volta das 21h55 na noite do dia 29 de março, e desembarque na capital federal na manhã do dia 30.

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O retorno coincide com período em que Luiz Inácio Lula da Silva estará fora do país, em viagem para a China, que foi adiada para o dia 26 de março, após o presidente ser diagnosticado com pneumonia.

O ex-presidente já havia dito, em 14 de março, que poderia voltar ao Brasil no dia 29 de março, mas que iria avaliar a sua situação no País antes de tomar a decisão final.

“Eu sempre marco uma data para voltar. A data marcada agora é dia 29 deste mês. Quando falta uma semana, a gente estuda a situação, como que está o Brasil, como tão os contatos aqui”, disse.

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Bolsonaro inelegível?

Em evento com brasileiros nos EUA, ele afirmou ainda acreditar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode torná-lo inelegível. No momento, Bolsonaro responde a 15 ações que podem cassar seus direitos políticos.

Entre as ações, o ex-chefe do Executivo é investigado por espalhar acusações sobre supostas fragilidades do sistema eleitoral a embaixadores de outros países. Bolsonaro, porém, não apresentou nenhuma prova sobre as afirmações.

Questionado por apoiadores, Bolsonaro expressou que uma eventual prisão aconteceria apenas em uma situação extraordinária. “Existe essa possibilidade de inelegibilidade, sim. A questão da prisão, só se for uma arbitrariedade”, afirmou.

Em entrevista ao The Wall Street Journal, Bolsonaro disse não ter certeza se voltará a concorrer à presidência e que vai focar mais em um papel de liderança entre os conservadores no Brasil, uma vez que o “movimento de direita não está morto”.

Ele ainda esclareceu que a indefinição da data de retorno ao Brasil se deve à possibilidade de prisão. “Uma ordem de prisão poderia vir do nada”, disse o ex-chefe do Executivo ao mencionar o episódio da prisão de Michel Temer, em 2019.

* Com Zeca Ferreira