Bolsonaro teve razão em avaliação sobre abono salarial, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta sexta-feira que a reação contrária de Jair Bolsonaro à proposta de fim do abono salarial é natural e deriva de instinto político, acrescentando também que o presidente teve razão ao avaliar que isso representaria tirar dos pobres para dar aos mais pobres.
“É natural quando você começa a discutir a focalização de programas, chega alguém e diz ‘olha, tira aqui o abono salarial e bota ali’, isso chegou a ser discutido até no governo do PT, a própria Dilma propôs isso, essa consolidação de programas. E quando isso é imaginado, aí o presidente reage naturalmente, com instinto político, e fala espera aí ‘tirar do pobre e dar pro mais pobre?'”, disse ele, em conferência promovida pelo Aço Brasil.
“O salário de 75% dos brasileiros que estão na CLT é abaixo de 1,5 salário mínimo, então realmente (acabar com abono) é tirar da base de trabalhadores brasileiros e passar pro que está desempregado, que está pior ainda, mas essa era uma das possibilidades que estavam sendo examinadas”, acrescentou Guedes.
Segundo ele, o Ministério da Economia levou “uma porção de outras propostas” para o Renda Brasil e essa discussão segue em curso.