Bolsonaro segue na cola de Lula e aumenta chance de 2º turno
O mercado doméstico começa a ver sinais de mudança na corrida presidencial nesta reta final das eleições. Divulgada ao final da semana passada, a pesquisa Datafolha mostrou o presidente Jair Bolsonaro em alta, diminuindo a distância em relação ao ainda líder na disputa, que permanece estagnado.
E o mesmo cenário foi apontado pela pesquisa BTG/FSB anunciada nesta manhã. Segundo o levantamento, ex-presidente Lula tem 41% das intenções de voto, apenas seis pontos à frente do candidato à reeleição.
“Novas pesquisas vêm sendo divulgadas e o diferencial entre Lula e Bolsonaro segue se estreitando no primeiro turno”, comenta o economista da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, em relatório.
Ainda que algumas pesquisas apontem para uma diminuição da vantagem apenas dentro da margem de erro, a direção do movimento parece ser favorável a Bolsonaro. Além disso, outros levantamentos, de institutos de menor porte e com metodologia diferente, já mostram empate técnico ou com o candidato à reeleição na liderança.
“Lula continua liderando na maior parte das pesquisas, mas com estreitamento da corrida eleitoral”, observa o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa. O estreitamento da diferença entre os dois
candidatos aconteceu ao longo de agosto
Próximas pesquisas
Para a Verde Asset Management, esse movimento tipicamente acontece com o incumbente em busca da reeleição. Por isso, é importante observar se tal movimento representa uma tendência. “Há menos de um mês da votação de primeiro turno, vai ser importante monitorar se tal trajetória continua nas próximas semanas”, diz a gestora, em relatório mensal.
Já nesta segunda-feira, sai uma nova pesquisa Ipec (ex-Ibope). Na quarta-feira (14), saem os levantamentos do PoderData e da Quaest.
Na quinta-feira (15), tem um novo Datafolha. A semana chega ao fim com novas divulgações da CNT/MDA e da Futura.
Vai ter segundo turno?
A ver, então, se os números confirmam as chances crescentes de um segundo turno das eleições. “E aí a situação não é tão clara, com alguns analistas ressaltando uma trava de Bolsonaro em função da elevada rejeição”, ressalta Sanchez, da Ativa.
Nesse sentido, Bolsonaro tem buscado melhorar a aprovação em alguns setores que o prejudicam. Um dos principais exemplos são as mulheres na faixa de 40 a 50 anos. Por outro lado, Lula tem tentado melhorar a situação entre os pontos fortes do concorrente, como os evangélicos.
Além disso, o petista busca uma aliança com a ambientalista Marina Silva, em mais um setor em que Bolsonaro também parece mais frágil. Porém, tais investidas dos dois lados podem ser apenas um evento político e dificilmente irão resultar em votos para ambos os candidatos.
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