Bolsonaro se recusa em fornecer senha de celular apreendido e aliados são presos; entenda a operação
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve seu celular apreendido, durante operação da Polícia Federal de busca e apreensão na casa dele em Brasília nesta quarta-feira (03). No entanto, ele não forneceu a senha do aparelho à PF. As buscas em sua residência, na capital federal, seguem em andamento.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também teve seu celular apreendido e, inicialmente, não forneceu a senha do aparelho. Posteriormente, porém, ela autorizou o acesso ao mesmo.
Já o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso na ação. Além dele, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, e João Carlos de Sousa Brecha, secretário municipal do Governo de Duque de Caxias (RJ), também foram presos.
O advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno, e demais aliados como assessores e ex-auxiliares, se mobilizam para chegar até Brasília. De acordo com a Folha de S. Paulo, um dos principais auxiliares de Bolsonaro afirmou que “estão brincando com fogo”.
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Operação Venire
A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (3) mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília, no âmbito de operação para investigar inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas da Saúde. As informações são da Reuters, via fontes.
Em comunicado sobre a operação que não menciona os nomes dos suspeitos, a PF informou que estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Além disso, também é feita análise do material apreendido durante as buscas e realização de depoimentos de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.
A operação “Venire” busca esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.
As inserções falsas ocorreram, segundo a PF, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, e provocaram “alteração da verdade” sobre a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, explicou a PF.
Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores, explicou a Polícia Federal.