Política

Bolsonaro reúne apoiadores na Av. Paulista após virar réu por tentativa de golpe

06 abr 2025, 15:53 - atualizado em 06 abr 2025, 15:53
manifestação jair bolsonaro
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Manifestantes ocuparam um trecho da Avenida Paulista na tarde deste domingo em uma demonstração de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pouco mais de uma semana após ele ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após derrota na eleição presidencial de 2022.

Bolsonaro convocou apoiadores para o ato tendo como pauta o perdão de penas dos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 — uma ação apontada pela Polícia Federal como parte da tentativa de golpe de Estado que teria o ex-presidente como líder.

Os manifestantes se concentraram diante do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), segundo imagens da mídia local. Não foi possível determinar de forma independente o número de manifestantes no local.

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Além do ex-presidente, também participaram do ato o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), cancelou participação alegando como motivo as chuvas que caíram no Estado neste fim de semana.

O ato se segue a uma outra manifestação de apoio convocada por Bolsonaro, na praia de Copacabana, no mês passado, quando a adesão ficou aquém da esperada pelos organizadores. Naquela ocasião, o ex-presidente ainda não tinha sido tornado réu por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo.

O perdão aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro está em tramitação no Congresso Nacional, e Bolsonaro tem dito que o projeto já conta com votos suficientes na Câmara dos Deputados para ser aprovado.

Além da denúncia por tentativa de golpe e de outros processos que ainda enfrenta no STF, Bolsonaro também está inelegível até 2030 por conta de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político na campanha eleitoral de 2022.

Um projeto de lei que altera a Lei da Ficha Limpa — reduzindo o prazo de inelegibilidade de 8 para 2 anos a políticos condenados, o que poderia beneficiar Bolsonaro — também está em tramitação no Congresso, mas ainda precisa de tempo para amadurecer, segundo o próprio.

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reuters@moneytimes.com.br
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