Bolsonaro participa de inauguração de uma ferrovia em parceira com a Rumo
O presidente Jair Bolsonaro participou hoje (4) da inauguração do trecho entre São Simão (GO) e Estrela D’Oeste (SP) da Ferrovia Norte-Sul. A solenidade, que aconteceu em São Simão, marcou o início da operação do corredor ferroviário ligando o estado de Goiás ao Porto de Santos, por meio da conexão entre as malhas da Ferrovia Norte-Sul e a Malha Paulista.
“A previsão é, no corrente ano ainda, a Rumo (RAIL3) concluir essa obra que vai ligar o Maranhão, Tocantis, nosso Goiás, e vai lá até o Porto de Santos. Uma coisa fantástica. Esse modal rodoviário foi esquecido por décadas e nós sofremos muito com isso. Outras realizações virão com a Rumo e outras empresas. O trabalho que nosso governo faz, em especial via Tarcísio [Freitas, ministro da Infraestrutura] e outros órgãos, é buscar destravar os processos”, disse Bolsonaro. “Nós trabalhamos para ajudar a iniciativa privada”, completou.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, esse trecho da ferrovia tem 172 quilômetros, corta três estados, e é operado pela empresa Rumo, que investiu R$ 711 milhões, incluindo a construção de uma ponte ferroviária de 530 metros sobre o Rio Paranaíba. A concessionária arrematou, em leilão de março de 2019, os tramos central e sul da ferrovia.
Com duração de 30 anos, o contrato compreende 1.537 quilômetros da concessão Malha Central da ferrovia, entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), que, segundo o governo, estarão 100% operacionais até o fim de julho. Antes de a Rumo vencer o leilão, se encontrava em operação apenas o tramo norte, entre Açailândia (MA) e Porto Nacional (TO).
Também foi inaugurado nesta quinta-feira o Terminal Rodoferroviário de São Simão, interligado à Ferrovia Norte-Sul. Ele foi construído e será administrado pelas empresas Rumo e Caramuru Alimentos. O local será utilizado para o escoamento da produção de cargas como soja, milho e farelo de soja. A previsão é movimentar mais de 5,5 milhões de toneladas de produtos por ano.
O projeto do governo é aumentar a participação do modal ferroviário de 15% para 35% na matriz nacional de transporte nos próximos anos.
A Ferrovia Norte-Sul, projetada durante o governo José Sarney (1985-1990), foi desenhada para ser a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional. Segundo uma projeção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a demanda potencial da Norte-Sul é de movimentar 22,73 milhões de toneladas de cargas até 2055.