Política

Bolsonaro nomeia presidente e diretores do Banco Central para mandatos fixos

20 abr 2021, 7:52 - atualizado em 20 abr 2021, 7:52
Banco Central
Campos Neto, Carolina de Assis Barros e Otávio Ribeiro Damaso ficarão em seus respectivos cargos até 31 de dezembro de 2024 (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e sete diretores para cumprirem mandatos fixos na diretoria da autoridade monetária, de acordo com a lei que determina autonomia do BC.

Os decretos foram publicados no Diário Oficial conforme previsto na Lei Complementar número 179, sobre a autonomia do BC, segundo a qual o banco passa a ter status de “autarquia de natureza especial”, sem subordinação a qualquer ministério.

A autonomia do BC, sancionada em 24 de fevereiro, estabelece mandatos fixos para o presidente e para os diretores da autarquia com mandatos não coincidentes com o do presidente da República.

O objetivo é afastar qualquer ingerência política sobre as decisões do BC em sua missão de controlar a inflação.

Segundo os decretos, Fábio Kanczuk e João Manoel Pinho de Mello cumprirão mandato até 31 de dezembro de 2021.

Bruno Serra Fernandes e Paulo Sérgio Neves de Souza terão mandatos até 28 de fevereiro de 2023 e Maurício Costa de Moura até 31 de dezembro de 2023.

Campos Neto, Carolina de Assis Barros e Otávio Ribeiro Damaso ficarão em seus respectivos cargos até 31 de dezembro de 2024.

Já a diretora Fernanda Nechio, que pediu desligamento por motivos pessoais, será exonerada após a próxima reunião de política monetária, em maio, de acordo com nota do BC.

Até lá, ela continuará à frente da área de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.

Sua substituta, a economista Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, se for aprovada pelo Senado deverá ser nomeada por Bolsonaro para cumprir mandato fixo até 31 de dezembro de 2023.