Bolsonaro no 2º turno: “Vencemos a mentira hoje; vamos mostrar que certas mudanças podem piorar o país”
O presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputará o segundo turno das eleições com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a estratégia para vencer será mostrar que “a mudança que alguns querem pode ser para pior”.
O ex-capitão pretende confrontar o petista com a situação econômica de governos de esquerda na América Latina, como o de Alberto Fernández, na Argentina, e de Nicolás Maduro, da Venezuela.
“Entendo que é por aí que será o nosso trabalho no segundo turno”, acrescentou. Em paralelo, Bolsonaro afirmou que deseja usar as próximas semanas para esclarecer as ações que adotou para mitigar a crise econômica causada pela pandemia de coronavírus e repetiu um bordão já conhecido – o de que foi contra o que chama de “política do fique em casa”.
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Veja a apuração em tempo real realizada pelo TSE
O presidente observou que, em igualdade de condições no segundo turno, contará com o reforço dos aliados que foram eleitos no primeiro turno, seja para as assembleias legislativas estaduais, para o Congresso e para o governo de Estados estratégicos.
Bolsonaro quer ampliar alianças nas eleições
É o caso de Romeu Zema, reeleito governador de Minas Gerais em primeiro turno. Aos jornalistas, Bolsonaro afirmou que sua equipe já entrou em contato com intermediários de Zema. Avançar em Minas é uma das estratégias para virar o jogo contra Lula.
Num rápido balanço dos resultados, o ex-capitão do Exército observou que teve um desempenho melhor no Nordeste que em 2018, mas perdeu eleitores em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas. “Vamos buscar esses votos”, acrescentou.
Questionado sobre se procuraria Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) para negociar apoio, Bolsonaro afirmou que os eleitores desses candidatos “são mais simpáticos” ao seu nome, que ao de Lula.
O presidente também evitou questionar o resultado das eleições, e mirou os institutos de pesquisa, como o Datafolha. Sobre a apuração, disse que aguardará o parecer das Forças Armadas e do ministro da Defesa. “Vencemos a mentira hoje”, em alusão às pesquisas eleitorais, que apontavam uma diferença muito maior em prol do petista.
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