Política

Bolsonaro nega volta da CPMF e diz que todos estão no radar para indicação à PGR

22 ago 2019, 9:42 - atualizado em 22 ago 2019, 9:44
Jair Bolsonaro
Presidente rebate temores da volta da CPMF e põe cartas na mesa quanto indicação à PGR (Imagem: Reuters/Adriano Machado

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que não pretende recriar a CPMF, após fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto na véspera, e afirmou que todos os candidatos estão no radar para a indicação para a Procuradoria-Geral da República, inclusive a atual chefe do órgão, Raquel Dodge.

“Não pretendo, falei que não pretendo recriar a CPMF”, disse Bolsonaro, acrescentando que Guedes manifestou sua opinião sobre o assunto, no sentido de desburocratizar e reduzir o número de impostos, e garantiu que está disposto a conversar sobre o tema.

“O que ele (Guedes) complementou? A sociedade que tome uma decisão a esse respeito. Foi o que ele falou.”

Na quarta-feira, Guedes disse que a classe política terá que decidir se apoiará ideia do governo que deve ser proposta ao Congresso de desonerar a folha de pagamento em troca da implantação de um imposto sobre transações financeiras.

Em entrevista à imprensa após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e outros parlamentares, Guedes lembrou que a CPMF, tributo sobre transações criado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, recebeu apoio de economistas. Também avaliou que, numa alíquota baixa, ele “não distorce tanto”.

PGR

Sobre o encontro quinta-feira com Dodge, Bolsonaro disse que a reunião foi um pedido da procuradora-geral e que não sabe qual será o tema da conversa. Ele disse que ainda não tomou uma decisão sobre quem comandará o órgão.

“Pelo que eu fiquei sabendo, ela quer falar comigo, estou aberto a todo mundo. Não sei o que ela quer tratar comigo. Foi pedido dela”, disse Bolsonaro

“Tudo pode acontecer, todos estão no radar”, garantiu o presidente, que disse que não há data para sua tomada de decisão e comentou o critério pretende adotar para escolher o novo PGR. O mandato de Dodge termina em meados de setembro.

“Vamos escolher na hora certa. Eu não quero uma pessoa que seja 10 em uma coisa e zero na outra. Quero que seja sete em tudo, para poder equilibrar. Não podemos ter uma pessoa lá preocupada apenas com uma coisa”, acrescentou.