Política

Bolsonaro ironiza CoronaVac, mas diz que governo comprará toda vacina aprovada pela Anvisa

13 jan 2021, 11:44 - atualizado em 13 jan 2021, 11:44
Jair Bolsonaro
“Essa de 50% é boa, não? O que eu apanhei por causa disso, agora estão vendo a verdade. Quatro meses apanhando por causa da vacina”, disse Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta quarta-feira a CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, após o Instituto Butantan, que lidera os testes com a vacina no Brasil, divulgar na véspera uma eficácia menor que a anunciada anteriormente para o imunizante.

Em conversa com apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã, o presidente afirmou, no entanto, que seu governo comprará todas as vacinas contra Covid-19 que forem aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Essa de 50% é boa, não? O que eu apanhei por causa disso, agora estão vendo a verdade. Quatro meses apanhando por causa da vacina”, disse Bolsonaro a um apoiador que o indagou sobre vacinas contra Covid-19.

Na véspera, o Butantan anunciou que a CoronaVac mostrou eficácia geral de 50,38% em estudos clínicos de Fase 3 feitos no Brasil, número bem inferior aos 78% anunciados pelo instituto na semana passada, mas ligeiramente superior ao patamar de 50% apontados pela Anvisa e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como necessário para se considerar uma vacina viável.

O Butantan também confirmou o dado anunciado na semana passada de que a CoronaVac se mostrou 78% eficaz contra casos leves –que requerem algum tipo de assistência clínica– e 100% contra quadros moderados –que precisam de internação hospitalar– e graves –que demandam leitos de terapia intensiva.

Apesar da ironia com a CoronaVac, motivo de constantes atritos entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente afirmou que o governo comprará todas as vacinas que forem aprovadas pela Anvisa.

O Butantan já firmou acordo de venda da vacina com o Ministério da Saúde e pediu autorização para uso emergencial do potencial imunizante. A Anvisa deve tomar uma decisão sobre o pedido no domingo.

“Entre mim e a vacina tem a Anvisa, eu não sou irresponsável, não estou a fim de agradar a quem quer que seja”, disse. “É a vacina que passar pela Anvisa. Seja qual for. Passou por lá, já assinei um crédito de 20 bilhões para comprar”, acrescentou o presidente.

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