Política

Bolsonaro indica que se tiver brecha vai vetar fundo eleitoral de R$ 2 bilhões

19 dez 2019, 11:18 - atualizado em 19 dez 2019, 11:20
Fundo eleitoral de R$ 2 bilhões foi aprovado pelo Congresso (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que sua tendência é vetar o fundo eleitoral de 2 bilhões de reais aprovado pelo Congresso, se houver condições legais para isso.

“Se houver brecha para vetar eu vou fazer isso. Não acho justo dinheiro para campanha”, disse o presidente ao sair do Alvorada.

O valor de 2 bilhões foi o enviado pelo próprio governo no Orçamento da União. Os parlamentares chegaram a tentar elevar o valor ainda mais, para 3,7 bilhões, mas desistiram pela indicação de um veto do presidente.

Ao ser lembrado que o valor foi definido pelo próprio governo, Bolsonaro diz que é obrigado pela lei a prover o fundo.

No entanto, com a pressão nas redes sociais contra os recursos para campanha, o presidente passou a falar em vetar totalmente o repasse ao fundo.

Jair Bolsonaro
Bolsonaro já havia dito que poderia vetar o fundo e criticou o fato de que PT, seu maior rival, e o PSL –partido que o elegeu (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

“Dá 2 bilhões ao ministro Tarcísio (Freitas, da infraestrutura) e vê o que ele faz”, disse, acrescentando que falta dinheiro em todas as áreas.

Na quarta, ao conversar com apoiadores na frente do Alvorada, Bolsonaro já havia dito que poderia vetar o fundo e criticou o fato de que PT, seu maior rival, e o PSL –partido que o elegeu, mas com quem entrou em guerra– poderem receber cada um 200 milhões de reais por terem as maiores bancadas.

Bolsonaro tenta criar um novo partido, a Aliança pelo Brasil, e seus advogados estudam a possibilidade de tentar buscar na Justiça que parte dos recursos eleitorais destinados ao PSL migrem para a Aliança junto com parlamentares. Isso caso consiga criar a sigla até abril, a tempo de disputar as eleições do ano que vem.

Na quarta, Bolsonaro admitiu a apoiadores que a coleta de assinaturas para criação do novo partido possivelmente terá que ser feita da forma tradicional, manualmente.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifestou favorável à coleta de assinaturas digitais, mas destacou que a Justiça Eleitoral não tem condições financeiras e tecnológicas de implementar isso no curto prazo.

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