Bolsonaro está determinado a enfrentar assembleia geral da ONU
O presidente Jair Bolsonaro está decidido a discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, apesar das preocupações de assessores sobre sua recuperação da cirurgia e uma recepção potencialmente hostil das delegações europeias.
Bolsonaro espera receber na manhã de sexta-feira avaliação médica final sobre seu estado de saúde e o maior indicativo de que ele está firmemente disposto a ir a NY é a decisão da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, de acompanhá-lo.
“Eu afirmo 100% que o presidente irá a Nova York. Ele está construindo o discurso no qual vai colocar o coração, apresentar nosso país e suas potencialidades e esclarecer de vez por todas essa questão do Brasil e meio ambiente”, declarou o porta-voz da Presidência, Otavio Rego Barros. Ele afirmou que Bolsonaro só não irá se o estado de saúde tiver piorado, porque a decisão política está tomada.
O presidente reuniu ontem o grupo responsável pelo discurso que irá ler na Assembleia Geral: seu chanceler, Ernesto Araújo; o ministro de Segurança Institucional, general Augusto Heleno; e seu filho Eduardo, candidato a embaixador do Brasil em Washington. Há expectativa com a fala do brasileiro, após os incêndios na Amazônia e a polêmica em que se envolveu com o presidente francês Emmanuel Macron.
Esta será a segunda grande oportunidade de Bolsonaro falar para a comunidade mundial. A estreia do brasileiro foi no Forum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro. Em um breve discurso de cerca de sete minutos, apresentou as credenciais de seu governo, com base nas reformas econômicas em andamento para atrair investidores.
Na ocasião, ele disse também que o Brasil é uma das nações mais amigas do meio ambiente e que os críticos têm muito a aprender com o país sul-americano nessa área – afirmações que ele provavelmente repetirá na próxima semana, na ONU.