Política

Bolsonaro diz que titular da Defesa se destaca entre ministros porque tem a tropa em suas mãos

05 abr 2022, 17:22 - atualizado em 05 abr 2022, 17:22
Jair Bolsonaro
Aos militares presentes à solenidade, Bolsonaro afirmou ser um “soldado do Brasil”, assim como os “senhores soldados”, e destacou que “os soldados marcham juntos para o bem da nossa nação” (Imagem: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que, embora todos os ministros sejam importantes, o titular da Defesa se destaca por ter a tropa nas mãos, acrescentando que é esse ministro que pode levar o país à normalidade e à paz.

“Tenho 23 ministros, todos são importantes, mas um se destaca, é o da Defesa, porque tem a tropa em suas mãos. É o que, em última análise, poderá fazer o país rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”, disse Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto de cumprimento dos oficiais-generais promovidos.

Segundo o presidente, tudo o que se quer é que se cumpra a “nossa Constituição” que pode ter seus defeitos, mas é o “nosso norte” dentro do Brasil.

“Deveres, garantias, responsabilidades, nós sempre estivemos ao lado da legalidade”, disse Bolsonaro se incluindo, como costuma fazer quando discursa diante, de militares, nas Forças Armadas.

“E tenho certeza de que, se a pátria um dia voltar a nos chamar, por ela tudo faremos, até mesmo em sacrifício da própria vida”, disse ele, numa declaração que poderia ser entendida como uma alusão à participação das Forças Armadas no golpe de Estado de 1964 que derrubou o presidente João Goulart.

Aos militares presentes à solenidade, Bolsonaro afirmou ser um “soldado do Brasil”, assim como os “senhores soldados”, e destacou que “os soldados marcham juntos para o bem da nossa nação”.

As declarações do presidente aos integrantes das Forças Armadas ocorrem um dia após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que pretende tirar “quase oito mil militares que estão em cargos” comissionados no governo federal, caso se eleja em outubro, e se somam a falas recentes de Bolsonaro elogiando a ditadura militar que durou no Brasil entre 1964 e 1985.

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