Bolsonaro diz que soberania e leis do Brasil devem ser respeitadas
Em meio a reações como a do governo cubano que decidiu suspender a parceira com o Programa Mais Médicos, o presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a defender hoje (19) a manutenção dos valores e princípios brasileiros.
Numa rede social, ele disse que o país vai manter as boas relações [diplomáticas], mas exigirá respeito à sua soberania.
“Para voltarmos a crescer como nação precisamos fazer valer nossa soberania e nossas leis. Devemos respeitar o mundo todo, mas também ser respeitados. Seremos um Brasil amigo, mas que tem seus valores e princípios básicos”, afirmou em sua página no Twitter.
Nas últimas declarações de Bolsonaro sobre a parceria com Cuba, o presidente eleito tem ressaltado as condições de trabalho desenvolvido pelos profissionais cubanos, mas disse que só apresentará uma solução para a ausência dos médicos cubanos quando assumir o governo em 1º de janeiro.
Na mesma mensagem, Bolsonaro acrescentou que “o Brasil, paraíso de criminosos e fonte de renda de ditaduras desumanas, deverá dar lugar ao Brasil cujo brasileiro e as pessoas de bem serão nossa maior prioridade”.
Hoje, logo cedo, em Brasília, a presença da deputada federal eleita por São Paulo, Joice Hasselmann, no gabinete de transição que funciona no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB – , em Brasília, desde o último dia 5, indicava que o assunto continuaria em debate ao longo da semana.
Decisão de Cuba é questionada por deputada
Antes de iniciar conversas no local, onde também estão reunidos o secretário geral da transição, Gustavo Bebbiano, e o vice presidente eleito general Hamilton Mourão, e o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, a parlamentar também usou a rede social para questionar a decisão do governo de Cuba sobre o Mais Médicos.
“Logo mais teremos uma conversa olho no olho sobre o que está por trás da decisão de Cuba de sair do programa Mais Médicos no Brasil às vésperas de @jairbolsonaro assumir a presidência”, disse.
Na nota que sinaliza o assunto que a trouxe a Brasília, a deputada paulista alerta que a decisão pode ter “mais caroço do que vocês imaginam nesse angu”.