Política

Bolsonaro diz que Pazuello é predestinado e minimiza presença de militares no Ministério da Saúde

15 jul 2020, 14:18 - atualizado em 15 jul 2020, 14:18
Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro elogiou o general em uma rede social e minimizou a presença de militares na pasta (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Em meio à polêmica envolvendo as declarações do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em função de Eduardo Pazuello seguir como ministro interino da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro elogiou o general em uma rede social e minimizou a presença de militares na pasta.

“Quis o destino que o Gen Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último. Com 5.500 servidores no Ministério o Gen levou consigo apenas 15 militares para a pasta.

Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas do Rio”, disse Bolsonaro em sua conta no Facebook.

“Pazuello é um predestinado, nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua pátria”, acrescentou o presidente.

No último fim de semana, em uma live, o ministro Gilmar Mendes disse que o Exército está se associando a um genocídio com o comando interino do Ministério da Saúde.

“Não podemos mais tolerar essa situação que se passa com o Ministério da Saúde… não é aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde”, disse o ministro do STF.

“É preciso fazer alguma coisa. Isso é ruim, é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável.”

Eduardo Pazuello
“Pazuello é um predestinado, nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua pátria”, acrescentou o presidente (Imagem: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

Pazuello assumiu interinamente o ministério após a saída de Nelson Teich, que por sua vez havia substituído Luiz Henrique Mandetta.

Todas essas trocas foram feitas em meio ao crescimento do número de casos e mortes por Covid-19 no país. Hoje já são quase 2 milhões de infectados e mais de 74 mil óbitos.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes militares reagiram com indignação às declarações de Mendes.

Na terça-feira, a Defesa entrou com uma representação contra o ministro do STF na Procuradoria-Geral da República.

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