Política

Bolsonaro diz que governo vencerá obstáculo indígena para concluir linhão de energia em Roraima

24 ago 2020, 19:54 - atualizado em 24 ago 2020, 19:54
Jair Bolsonaro
O presidente tem sido um defensor da obra durante seu mandato (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira a apoiadores que o governo brevemente vai vencer os obstáculos para fazer o linhão de transmissão de energia que conectará Roraima ao sistema elétrico interligado do país, mas disse que uma comunidade indígena local é um problema para a obra.

“Roraima, obrigado pelo apoio que vocês me deram. Tem coisa lá atrás que eu me comprometi fazer, algumas outras estamos fazendo. Meu maior sonho é o Linhão do Tucuruí, mas o problema esbarra na comunidade indígena no meio do caminho. Se Deus quiser, venceremos este obstáculo brevemente”, disse ele na chegada ao Palácio da Alvorada no início da noite, segundo vídeo divulgado nas redes sociais.

O presidente tem sido um defensor da obra durante seu mandato.

A linha de transmissão visa conectar Roraima ao sistema elétrico interligado, uma vez que o Estado tem sido suprido com caras e poluentes termelétricas desde a interrupção de importações de energia junto à Venezuela, em meio à deterioração da crise econômica do país vizinho.

Em janeiro, sem apresentar qualquer prova, Bolsonaro chegou a afirmar que o governo federal não tem conseguido viabilizar a obra do chamado Linhão de Tucuruí por sofrer “achaque” de organizações não governamentais e índios.

O empreendimento, licitado em 2011, está sob responsabilidade da Transnorte, uma parceria da estatal Eletrobras (ELET3) com a privada Alupar.

Mas as empresas têm enfrentado dificuldade no licenciamento porque o traçado de 715 quilômetros da linha cruzará cerca de 122 km de uma terra indígena ocupada pelos waimiri-atroari.

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Auxílio Emergencial

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro questionou quem havia ganhado o auxílio emergencial. Após ouvir respostas positivas, ele disse que o apoio financeiro vai acabar um dia e que não há condições de mantê-lo no atual patamar de 600 reais por mês.

“Tem um pessoalzinho aí chato querendo prorrogar indefinidamente, são 50 bilhões (de reais) por mês, então não dá. Estamos pensando em prorrogar mais uns meses, mas não com 600 (reais) nem com 200 (reais), um meio termo aí até a economia pegar”, disse.

Cerimônia prevista para ocorrer no Palácio do Planalto na terça-feira de anúncio da prorrogação do auxílio e de lançamento de medidas econômicas pelo governo foi adiada, nesta segunda-feira.