Jair Bolsonaro

Bolsonaro diz que Forças Armadas e PMs desfilarão em Copacabana no 7 de Setembro

30 jul 2022, 15:07 - atualizado em 30 jul 2022, 15:07
O presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia comemorativa do 7 de Setembro, no Palácio da Alvorada.
Desfile de 7 de setembro de 2021 (Imagem: Agência Brasil/ Marcelo Camargo)

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse neste sábado que as Forças Armadas e as forças auxiliares desfilarão na praia de Copacabana na tarde do dia 7 de setembro para marcar os 200 anos da Independência do Brasil, data em que o presidente pretende dar uma demonstração de força e obter exibição de apoio a seu governo a menos de um mês do primeiro turno das eleições.

Bolsonaro, que tem convocado manifestações favoráveis a seu governo para o 7 de Setembro também em meio aos constantes embates com o Judiciário, fez a declaração durante a convenção nacional dos Republicanos, realizada em conjunto com a convenção estadual da legenda em São Paulo, onde foi oficializada a candidatura do ex-ministro da Infraestrtura Tarcísio Gomes de Freitas ao governo paulista.

“No dia 7 de setembro estarei pela manhã lá em Brasília, com o povo na rua e as tropas desfilando. À tarde… nós queremos, pela primeira vez, inovar no Rio de Janeiro. Sei que vocês queriam aqui (em São Paulo), mas nós queremos inovar no Rio de Janeiro”, disse.

“Às 16h, do dia 7 de setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs forças auxiliares estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo”, acrescentou. As polícias militares são forças auxiliares das Forças Armadas, de acordo com a Constituição.

Em seu discurso, Bolsonaro disse ainda que o que está em jogo nas eleições deste ano é “uma nova ordem” onde querem “mandar” no povo. Ele afirmou ainda que as comemorações do bicentenário da independência servirão para “comemorar como um marco para mais de 200 anos de liberdade”.

“Vamos mostrar que o nosso povo, mais do que querer, tem o direito e exige paz, democracia, transparência e liberdade”, disse.

Bolsonaro tem constantemente feito alegações falsas para colocar em dúvida o sistema eletrônico de votação e se recusado a responder se aceitará o resultado das eleições caso seja derrotado.

O presidente, que é ex-capitão do Exército e nomeou uma quantidade sem precedentes de militares da reserva e da ativa para cargos civis no governo, também busca sempre mostrar proximidade com as Forças Armadas e lembrar que, como presidente, é comandante supremo delas e que as Polícias Militares dos Estados são forças auxiliares das Forças Armadas.

Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro, liderada com folga pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, de acordo com alguns levantamentos, seria eleito em primeiro turno se a eleição fosse realizada agora.

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