Bolsonaro diz que desmandos e ilícitos ocorrem em grandes reservas indígenas, difíceis de fiscalizar
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira ser “quase impossível” realizar fiscalizações nas grandes reservas indígenas e que nelas há desmandos, ilícitos, roubo de biodiversidade e exploração predatória.
Em transmissão por redes sociais, Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defenderam o direito dos índios a explorar suas terras da mesma forma que o homem.
“Na verdade, as grandes reservas indígenas pode falar Ianomâmi, Raposa Serra do Sol, entre outras, áreas que é quase impossível nós fiscalizarmos. Então, impera lá dentro desmandos, ilícitos também, roubo de biodiversidade, exploração aí predatória dos meios naturais que existem lá, questão de ouro e outros tipos de minério, então isso ajuda a estar realmente roubando o nosso patrimônio”, disse.
Bolsonaro repetiu que há interesses econômicos no ataque contra o Brasil na questão da preservação da Amazônia e do Pantanal em relação a queimadas e desmatamento, defendendo a atuação do seu governo na proteção de ambos biomas.
Na transmissão, Ricardo Salles disse que o problema ambiental é urbanos e que o país não é vilão na emissão de gases que causam efeito estufa no mundo, culpando países desenvolvidos.
O ministro do Meio Ambiente disse que há três grandes mentiras a serem desmontadas em relação ao trabalho do governo na área. A primeira é que estaria havendo um desmonte do setor de proteção ambiental.
A segunda é que o governo estaria impondo à população da Amazônia um tipo de desenvolvimento que eles não querem. E, por último, que a Amazônia está sendo devastada.
“Se você for levar em conta as informações que chegaram via mídia, não tem mais Floresta Amazônica, já teriam desmatado tudo”, criticou o presidente, durante a live.
Ambientalistas e especialistas dizem que seguidas declarações do presidente estimulam o aumento de queimadas e do desmatamento e que o governo tem enfraquecido sua capacidade de preservar o meio ambiente.