12 mar 2019, 15:36
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atualizado em 12 mar 2019, 15:41
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (12) que espera que as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Pedro Gomes identifiquem quem mandou matar a parlamentar. A afirmação ocorreu após declaração à imprensa ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, no Palácio do Planalto.
“Espero realmente que a apuração tenha chegado de fato a esses [dois presos], se é que foram os executores, e o mais importante quem mandou matar”, afirmou o presidente, respondendo à pergunta de um jornalista.
Em uma operação conjunta, o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam nas primeiras horas de hoje Ronnie Lessa, sargento da Polícia Militar da reserva, e Elcio Vieira, ex-policial militar.
Segundo Bolsonaro, passou a conhecer a vereadora após seu assassinato. “Eu conheci a Marielle depois que ela foi assassinada. Não conhecia ela apesar de ela ser vereadora lá com o meu filho no Rio de Janeiro. E também estou interessado em saber quem mandou me matar”, disse.
Em setembro de 2018, o presidente foi alvo de um atentado em que teve o abdômen perfurado por uma faca enquanto participava de um ato de campanha, em Juiz de Fora (MG). Em decorrência da agressão, teve de fazer três cirurgias.
Após a cerimônia no Planalto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que o governo federal tem contribuído com a apuração do assassinato de Marielle por meio da investigação da Polícia Federal, com um grupo criado pelo então ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann.
“É um grupo da Polícia Federal investigando a tentativa de obstrução e manipulação dessa investigação no passado. Certamente, essa investigação da Polícia Federal contribuiu bastante e está contribuindo para que se chegue a um melhor resultado investigatório nesse caso, um grave assassinato da senhora Marielle Franco e do senhor Anderson Gomes. É um crime que tem que ser investigado por completo e os responsáveis levados à Justiça”, afirmou Moro.