Bolsonaro depõe à PF nesta terça-feira (16) sobre cartões de vacinação
O ex-presidente Jair Bolsonaro depõe à Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta terça-feira (16). O inquérito investiga a possível adulteração dos cartões de vacinação de Bolsonaro, de sua filha e de um ex-ajudante.
A PF investiga se Bolsonaro tinha conhecimento do esquema. Além disso, também investiga se a ordem de acesso ao sistema do Ministério da Saúde partiu do ex-presidente. Nesse sistema, foram inseridos e depois retirados dados sobre a vacinação contra a covid-19.
No início de maio, a PF fez buscas na casa de Bolsonaro. Na ocasião, ele se recusou a depor, justificando que antes precisava ter acesso aos autos. No dia das buscas, Bolsonaro falou com a imprensa e reafirmou que não se vacinou contra a doença.
Além disso, o ex-presidente afirmou que não houve adulteração nos dados de cartão de vacinação dele nem de sua filha Laura.
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Falsificação é crime nos EUA
A falsificação sob a qual Jair Bolsonaro é suspeito configura crime nos Estados Unidos. Conforme o site da Embaixada dos EUA no Brasil, quem utilizar documento fraudulento não terá acesso ao benefício imigratório, bem como pode enfrentar multa ou prisão.
Nos EUA, exige-se a comprovação de vacinação. No entanto, conforme exceções previstas pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), um órgão federal dos EUA, pessoas com imunidade diplomática — como era o caso de Bolsonaro quando presidente — têm a possibilidade de realizar testes virais de 3 a 5 dias ou autoisolamento.
No entanto, Bolsonaro pode ter cometido crime se tiver mostrado seu certificado de vacinação, mesmo com a exceção, visto que configuraria a apresentação de documento fraudulento. “Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina, ponto final”, disse o ex-presidente a repórteres, confirmando que seu telefone celular foi apreendido pelos agentes da PF.
“Fico surpreso com uma busca e apreensão por esse motivo, não tenho mais nada o que falar. Meu telefone não tem senha, não tenho nada a esconder sobre nada”, completou Bolsonaro.
*Com Lorena Matos