Política

Bolsonaro critica descriminalização do aborto na Colômbia e diz que esquerda comemora

22 fev 2022, 20:07 - atualizado em 22 fev 2022, 20:07
Jair Bolsonaro
No Brasil, a esquerda festeja e aplaude a liberação do aborto até o 6° mês de gestação, lamentavelmente aprovado na Colômbia. (Imagem: Facebook/Jair Bolsonaro)

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira a decisão da corte constitucional da Colômbia de descriminalizar o aborto até as 24 semanas de gestação e aproveitou para acusar a esquerda de comemorar o fato.

Bolsonaro, que tem entre seu público mais tradicional parte da comunidade evangélica do Brasil, declara ter perfil “conservador” nos costumes. Também volta sempre sua carga à esquerda, discurso que agrada seus eleitores alimentados pelo antipetismo.

“No Brasil, a esquerda festeja e aplaude a liberação do aborto até o 6° mês de gestação, lamentavelmente aprovado na Colômbia. Trata-se da vida de um bebê que já tem tato, olfato, paladar e que já ouve a voz de sua mamãe. Qual o limite dessa desumanização de um ser inocente?”, publicou o presidente em seu perfil no Twitter.

“Quantas mães e pais não lutam com todas as forças para proteger a vida de um filho que nasceu prematuro? Quantos não choram quando perdem essa batalha? Essa luta nunca foi nem nunca será em vão. Ela existe porque existe uma vida humana a ser protegida ali”, defendeu.

Mais cedo, no Facebook (FB), o presidente também havia comentado a decisão do Judiciário colombiano.

“Que Deus olhe pelas vidas inocentes das crianças colombianas, agora sujeitas a serem ceifadas com anuência do Estado no ventre de suas mães até o 6° mês de gestação, sem a menor chance de defesa. No que depender de mim, lutarei até o fim para proteger a vida de nossas crianças!”, publicou.

Na segunda-feira o Tribunal Constitucional da Colômbia votou pela descriminalização do aborto até 24 semanas de gestação, segundo a coalizão de direitos ao aborto que moveu um processo buscando retirar o procedimento do Código Penal do país.

O aborto havia sido parcialmente legalizado na Colômbia por uma decisão judicial de 2006 que o permitia apenas em casos de estupro, deformidade fetal fatal e saúde da mulher, sem limites de tempo.

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