Bolsonaro cria tendência e candidatos apostam nas redes sociais para conseguir votos nas eleições

Reflexo da campanha vitoriosa do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018, quando se saiu vitorioso apostando nas redes sociais e não em propagandas em rádio e televisão ou em debates e grandes comícios, é o aporte financeiro que os candidatos nas eleições deste ano fazem nas empresas de tecnologia.

O Facebook é, até esta segunda-feira (12), o segundo fornecedor que mais recebeu dinheiro das campanhas. Com mais de R$ 15 milhões recebidos, a plataforma só perde para os mais de R$ 29 milhões recebidos pela empresa de marketing da campanha do ex-presidente Lula, maior montante destinado a um fornecedor até o momento.

A diferença é que enquanto a empresa M4 Comunicação e Propaganda presta serviço apenas para a campanha do petista, os R$ 15.086.595,70 recebidos pelo Facebook vieram de 2711 pagamentos feitos por 1331 campanhas diferentes. O valor é equivalente a 1,26% de todo os R$ 1.199.319.693,39 gastos por todas as campanhas nesta edição das eleições.

Quem mais apostou na plataforma foi o candidato à presidência Ciro Gomes (PDT). O ex-governador do Ceará fez, até o momento, 11 pagamentos ao Facebook para impulsionar suas postagens nas redes dos brasileiros, gastando  um total de R$ 823.550,00.

Na segunda colocação esta o candidato ao senado por Minas Gerais Alexandre Silveira (PSD) que já gastou R$ 460 mil em impulsionamento de postagens, seguido pelo candidato a deputado federal por São Paulo José Anibal (PSDB) com R$ 315 mil.

Silveira também destinou boa parte do dinheiro de sua campanha em anúncio do Google. Foram mais 5 pagamentos a gigante plataforma no valor total de R$320 mil.

O Google é o oitavo fornecedor que mais recebeu verba até o momento e o líder do ranking é Roberto Cláudio (PDT). Candidato do mesmo partido de Ciro Gomes, Roberto Cláudio gastou com o Google R$ 733.500,00. O candidato a governador foi responsável por 24 dos 706 pagamentos que juntos somam R$ 7.411.089,96.

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Alcance Orgânico

Os candidatos tentam conseguir de forma impulsionada o que alguns candidatos tem de forma orgânica: alcance nas redes sociais. De acordo com um levantamento feito pela CNN, Jair Bolsonaro (PL) é o candidato à Presidência da República que acumula mais seguidores nas redes sociais, com um total de 50,09 milhões — somando os perfis de Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e TikTok. Na sequência, está Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 17,1 milhões de seguidores.

Bolsonaro, que tenta reeleição, possui cerca de 14 milhões de seguidores no Facebook; mais de 21 milhões no Instagram; 8,7 milhões no Twitter; quase 3,8 milhões no YouTube e 2,5 milhões no TikTok.

Já os 17,1 milhões de seguidores de Lula dividem-se em: 5 milhões de seguidores no Facebook; 6 milhões no Instagram; cerca de 4,2 milhões no Twitter; 550 mil no YouTube e mais de 1 milhão no TikTok.

Ciro Gomes, candidato que mais gastou com Facbook, é o terceiro colocado quando se trata de seguidores nas redes sociais. O candidato do PDT tem um total de 4,6 milhões de seguidores, sendo 990 mil no Facebook; 1,4 milhão no Instagram; 1,4 milhão no Twitter; pouco mais de 500 mil no YouTube e quase 365 mil no TikTok.

Simone Tebet (MDB) acumula 924 mil seguidores nas redes. São 176 mil de contas que a acompanham no Facebook; 373 mil no Instagram; 356 mil no Twitter; 12,3 mil no YouTube e 6 mil no TikTok.

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