Política

Bolsonaro cria conselho de governo com 6 partidos; reuniões serão mensais

04 abr 2019, 20:44 - atualizado em 04 abr 2019, 20:44
Jair Bolsonaro e partidos
“A sugestão é que pelo menos uma vez a cada 30 dias a gente se reúna”,  disse Bolsonaro (Imagem: Marcos Corrêa/PR)

Em meio as articulações para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro recebeu hoje (4), no Palácio do Planalto, os dirigentes nacionais do PRB, PSD, PSDB, DEM, PP e MDB e propôs a criação do conselho de governo, com a participação direta dos partidos políticos.

“Foi um convite inicial. A sugestão é que pelo menos uma vez a cada 30 dias a gente se reúna, o que serve como aconselhamento para o governo e serve para trazer novas propostas. O governo é humilde, não tem problema de dizer que errou aqui ou acolá, o objetivo é acertar”, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável pela articulação política do governo.

Onyx não informou se os dirigentes partidários aceitaram participar do colegiado.

Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira
Presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, durante debate sobre a reforma da Previdência com lideranças políticas. (Imagem: Marcos Corrêa/PR)

Relação institucional

No início da noite, o próprio presidente da República afirmou, durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook, que nada relacionado a indicação para cargos no governo foi debatido com os partidos nas reuniões. “Nada foi tratado sobre cargos, nem por parte deles, nem da nossa parte”, assegurou.

Na próxima semana, Bolsonaro receberá os presidentes de outros seis partidos: PSL, PR, Novo, Avante, Podemos e Solidariedade, entre terça e quarta-feira.

A ideia, segundo Onyx , é desenvolver uma relação institucional, seguindo o “recado das urnas” dado nas últimas eleições gerais, no ano passado. “Todos os presidentes de partidos reiteraram a disposição de ajudar a construir uma relação que seja muito positiva entre o governo e o Parlamento. Todos compreendem que a urna nos deu uma atribuição de construir uma nova forma de relacionamento entre o Executivo e o Legislativo”, afirmou.

O ministro minimizou a possibilidade de os partidos não fecharem questão

Previdência

De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, há uma unanimidade entre os dirigentes partidários de a reforma da Previdência é uma necessidade do país, mas ele evitou comentar a anúncio de partidos como o PSD, o PSDB e o MDB, que defenderam mudanças nas regras propostas para a aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Quando a gente estende a mão para o diálogo, a gente tem que respeitar o posicionamento de cada partido”, disse Onyx.

O ministro minimizou a possibilidade de os partidos não fecharem questão nas bancadas pela aprovação da reforma, o que, na prática, libera os parlamentares para votar como quiserem.

“O melhor fechamento de questão que tem é o convencimento, é entender que o Brasil precisa de todos”, argumentou.

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