Política

Bolsonaro cobra responsabilidade social da Petrobras e indica medidas por “vias legais”

12 maio 2022, 19:22 - atualizado em 12 maio 2022, 19:22
Lula Bolsonaro Eleições
“Então, em um momento como esse, o lucro da Petrobras está na casa dos 30%, o dobro das maiores petrolíferas do mundo” (Imagem: Anderson Riedel/PR)

O presidente Jair Bolsonaro cobrou nesta quinta-feira responsabilidade social da Petrobras (PETR4), após criticar o que considera “lucros absurdos” da empresa, e indicou que adotará iniciativas por “vias legais” para conter a alta dos preços dos combustíveis, ressalvado que não será uma “interferência”.

“Estamos buscando maneiras legais para fazer com que a Petrobras cumpra com o seu papel social, definido na Constituição e também em leis. Não podemos estar subordinados a decisões do conselho, que está abaixo obviamente das leis e da Constituição”, disse Bolsonaro em uma transmissão nas redes sociais.

“Não haverá interferência na Petrobras a não ser pelas vias legais, ou seja, ações judiciais e também junto à Advocacia-Geral da União (AGU) para que um parecer vinculante a isso também passe a valer”, acrescentou.

Para o presidente, é “inadmissível o lucro abusivo” que a Petrobras tem, bem como o descumprimento de leis  embora ele não tenha sido explícito sobre qual lei estaria sendo descumprida pela empresa.

Procurada, a Petrobras não respondeu de imediato a pedido de comentário.

Na transmissão, feita em cima de um caminhão após um evento público no interior paulista, Bolsonaro afirmou que a alta do preço da gasolina se deve “em grande parte” à própria Petrobras.

Segundo ele, parece que a estatal “não quer cumprir o seu papel social como prevê a nossa Constituição”.

“Então, em um momento como esse, o lucro da Petrobras está na casa dos 30%, o dobro das maiores petrolíferas do mundo”, afirmou. “Eles baixaram a sua margem de lucro tendo em vista a questão da guerra da Ucrânia e do pós-pandemia. Apenas a Petrobras está faturando cada vez mais em cima do sofrimento do povo brasileiro”.

Na véspera, o presidente trocou o titular do Ministério das Minas e Energia, exonerando Bento Albuquerque e colocando no lugar Adolfo Sachsida.

O presidente também mudou no mês passado o comando da estatal.

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