Política

Bolsonaro ataca Omar Aziz e diz que CPI teme convocar Malafaia

27 maio 2021, 21:14 - atualizado em 27 maio 2021, 21:14
Convoca o Malafaia, estão com medo do Malafaia ou estão com medo dos evangélicos? (Imagem: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro usou a sua live tradicional de quinta-feira para atacar mais uma vez o presidente da CPI da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), e dizer que a comissão teme convocar o pastor Silas Malafaia pelo fato de ele ser evangélico.

Desde antes da sua eleição em 2018, Bolsonaro tem investido sua atuação no público evangélico, estrato religioso da sociedade brasileira cuja presença tem aumentado nos últimos anos.

Inicialmente, Bolsonaro insinuou sem mostrar provas que a saúde no Amazonas tinha problemas na época em que Omar Aziz era governador.

O atual senador comandou o Estado de 2011 a 2014 e Bolsonaro participou de uma agenda pública no Estado.

“Agora Omar Aziz, não quero entrar em detalhes de como era a saúde no seu Estado quando o senhor era governador”, disse ele.

O presidente novamente criticou o projeto apresentado pelo senador que previa pena de prisão para médicos que prescrevessem remédios cuja indicação não constava da bula o presidente da CPI já retirou essa proposta.

Em seguida, Bolsonaro disparou em relação ao suposto receio de a CPI não convocar Malafaia por ser um líder espiritual. Falou para a comissão “plantar batata”, dizendo que a justificativa dada é “papinho”.

“Por que vocês não convocam o Malafaia, estão com medo do Malafaia?”, questionou.

“Convoca o Malafaia, estão com medo do Malafaia ou estão com medo dos evangélicos?”, provocou.

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Domingo

Na live, o presidente negou que o evento de domingo com motociclistas do qual participou no Rio de Janeiro –do qual participou o general do Exército e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello tenha sido político.

Apesar de ter dito que o evento não teve viés político, Bolsonaro falou que foi um movimento pela liberdade, pela democracia e em apoio ao presidente.

Pazuello corre o risco de receber uma punição do Exército por ter participado do ato no fim de semana ao lado do presidente.

Em meio a críticas sobre sua presença no evento com o Bolsonaro, o ex-ministro também teve na quarta um pedido de reconvocação para prestar depoimento à CPI aprovado.