Bolsonaro acusa jornalista do Estadão de buscar seu impeachment
O presidente da República, Jair Bolsonaro, foi às redes sociais neste domingo (10) para expor publicamente uma jornalista do Estado de S.Paulo.
Acompanhe o Money Times no Instagram!
Segundo ele, a profissional “diz querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro e buscar o impeachment do Presidente Jair Bolsonaro (…). Querem derrubar o Governo, com chantagens, desinformações e vazamentos”.
Os áudios divulgados pelo presidente vêm do site “https://www.tercalivre.com.br/“, que cita o jornalista francês Jawad Rhalib.
Segundo o Estadão, a jornalista não deu entrevista nem dialogou com o jornalista francês citado pelo Terça Livre.
“As frases da gravação foram retiradas de uma conversa que ela teve em 23 de janeiro com uma pessoa que se apresentou como Alex MacAllister, suposto estudante interessado em fazer um estudo comparativo entre os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro”, diz o jornal.
Ele teria contatado a jornalista para conhecer detalhes da investigação sobre Flávio no Coaf, que analisa pagamentos de R$ 1,2 milhão pagos entre 2016 e 2017 para Fabricio Queiroz, motorista do senador.
Segundo Rhalib, a conversa “revela que eles não estão interessados nos fatos, mas simplesmente em usar histórias negativas, muitas vezes inventadas, sobre a família do presidente Bolsonaro que foi eleito democraticamente”.
Acompanhe aqui o áudio:
Transcrição:
1
Jornalista: E nós estamos, estamos fazendo apenas isso, acho que minha vida está destruída, porque …
Entrevistador: Hmm, sério?
Jornalista: Eu só faço isso [..] esse caso que pode comprometer…está arruinando Bolsonaro.
2
Jornalista: Eu acho que minha maior preocupação é que isso nunca aconteça novamente, sobre essa investigação. É uma grande frustração.
Entrevistador: Uau.
Jornalista: Para mim.
Entrevistador: Sim, tenho certeza.
Jornalista: Porque eu acho que é um caso de impeachment.
3
Entrevistador: Pode-se dizer que é como algo financeiro? É como se fosse uma organização do governo ou como uma organização privada.
Jornalista: organização governamental, organização governamental.
Entrevistador: Posso perguntar como se chama?
Jornalista: O nome é COAF.
Entrevistador: CO?
Jornalista: COAF, é C-O-A-F
Entrevistador: COAF?
Jornalista: COAF.
Entrevistador: Ok.
Jornalista: Sim.
Entrevistador: Você falou com eles? Ou pediu documentos a eles, ou você fala com pessoas que trabalham lá? Ou isso é público?
Jornalista: Sim, eu tenho esses documentos.
Palestrante: São documentos seus? De onde eles vêm?
Jornalista: Não. Não é público, mas temos jornalistas aqui para receber de fontes.
Entrevistador: Oh, uau.
Jornalista: Estes, esses documentos, então eu tenho …
4
Entrevistador: Então, você sabe que o material que você está obtendo é verdadeiro? Porque conhece a pessoa com quem você está conversando.
Jornalista: É real, é real.
Entrevistador: Ele é real? Não, eu não estou questionando.
Jornalista: Eles não escreviam sobre isso ou investigaram isso até depois da eleição e depois disso eles começaram a investigação [..] Mas só depois da eleição. Somente depois escrevemos sobre isso porque o caso foi interrompido, eles não fizeram nada com esses documentos. Eles começaram a fazer só agora”.