Bolsas da Ásia em queda; Austrália avança após dados de inflação
Contrariando a tendência observada na abertura dos pregões, as principais bolsas da Ásia operam em queda nesta quarta-feira (24), desestimuladas pela falta do principal catalizador que levou ontem (23) Wall Street a registrar níveis recordes: lucros corporativos mais fortes que o esperado.
Às 1h50 (horário de Brasília), o índice MSCI Ásia Pacífico atingia seu nível mais baixo em três semanas, pressionado pela quedas nas ações em Tóquio, Seul, Xangai e Hong Kong. Já na Austrália, o indicador AXS 200 avançava após dados surpreendentes de inflação elevarem as expectativas de que a autoridade monetária local poderá promover cortes na taxa básica de juros.
Em Tóquio, o índice Nikkei 225 perdia 0,39%, aos 22.173,94 pontos. Em Seul, o Kospi recuava 1,24%, aos 2.192,97 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng caia 0,77%, aos 29.732.22 pontos. Já em Xangai, o índice Shanghai Composite diminuía 0,85%, aos 3171,83 pontos.
Na China, os mercados locais não reagiram positivamente as poucas medidas do banco central para apoiar a liquidez no sistema bancário e financiar empréstimos. O Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês) injetou o equivalente a cerca de US $ 40 bilhões em empréstimos de médio prazo e se absteve de medidas mais fortes, como a redução das taxas de juros de referência do país, uma vez que a recuperação da economia está reduzindo a pressão por mais estímulos.
No Japão, a Nissan Motor viu suas ações caírem mais de 3,6% depois que a Reuters informou, citando a mídia japonesa, que a companhia estava preparada para reduzir suas perspectivas de lucro para o ano fiscal que terminou em março.
Otimismo na Austrália
O indicador AXS 200 avançava 0,89%, aos 6.375,50 pontos, impulsionado pela divulgação de dados mais fracos sobre a inflação que ampliaram as expectativas para que o Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês) corte a taxa básica de juros em suas próximas reuniões de política monetária, previstas para ocorrerem nos dias 7, 10 e 21 de maio.
A última vez que a autoridade monetária australiana cortou o juro foi em 3 de agosto de 2016, quando efetuou um corte de 0,25 ponto percentual, para os atuais 1,50% ao ano.