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Bolsa vê safra recorde de milho argentina às custas da soja; eleva colheita de trigo

14 set 2021, 16:10 - atualizado em 14 set 2021, 16:10
Milho
Essa expansão ininterrupta da área de milho é explicada em grande parte pelas ferramentas que os agricultores possuem para manejar a safra (Imagem: Pixabay/webandi)

A safra de milho da Argentina 2021/22 foi estimada em um recorde de 55 milhões de toneladas, de acordo com avaliação da bolsa de grãos de Buenos Aires nesta terça-feira, com forte expansão da área de plantio do cereal às custas da soja, principal produto agrícola país.

A Argentina é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja e o segundo maior exportador de milho.

No entanto, os agricultores têm optado recentemente pelo cereal em vez da oleaginosa devido à maior flexibilidade da cultura, o que diminui o risco de seca.

A bolsa de Buenos Aires estimou a safra de soja em 44 milhões de toneladas, um pouco acima do ano anterior, em sua apresentação anual.

Esteban Copati, chefe do Departamento de Estimativas Agropecuárias da bolsa, destacou que a área de plantio de milho crescerá pelo oitavo ano consecutivo para cerca de 7,1 milhões de hectares, de 6,6 milhões de hectares em 2020/21.

“Essa expansão ininterrupta da área de milho é explicada em grande parte pelas ferramentas que os agricultores possuem para manejar a safra, as datas de plantio flexíveis, que é uma ferramenta que mitiga o impacto do clima”, disse Copati em apresentação online.

Para a safra 2021/22, a bolsa espera algum impacto do fenômeno climático conhecido como La Niña, que nas principais regiões agrícolas da Argentina gera condições mais secas do que o normal.

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O plantio do milho 2021/22 começará nos próximos dias, enquanto o plantio da soja começará em outubro (Imagem: Pixabay/MSphotos)

Ao contrário da soja, o milho tem uma janela de semeadura mais ampla que permite evitar o início das principais fases de desenvolvimento em janeiro e no começo de fevereiro, o período mais seco e quente do ano.

Na safra 2021/22, estima-se que seja a sexta queda consecutiva de área de plantio de soja, caindo para 16,5 milhões de hectares, ante os 16,9 milhões plantados na safra 2020/21, informou a bolsa.

Porém a safra aumentaria para 44 milhões de toneladas, ante 43,1 milhões de toneladas na safra anterior, pois a mesma seca que atingiu a temporada 2020/21 não é esperada apesar da presença do La Niña.

Em relação ao trigo 2021/22, a bolsa elevou a estimativa de safra para 19,2 milhões de toneladas, ante 19 milhões de toneladas, após elevar a área estimada de plantio em 100 mil hectares para um total de 6,6 milhões de hectares.

Copati disse que o clima úmido recente ajudou o trigo em um estágio crítico nas principais áreas de cultivo de Córdoba e Santa Fé.

“As chuvas acumuladas nas últimas semanas proporcionaram um alívio muito oportuno”, disse ele.

O plantio do trigo foi concluído em todo o país e os agricultores iniciarão a colheita entre novembro e dezembro. A Argentina é um grande exportador global de trigo, com a maior parte dos embarques sendo destinada ao vizinho Brasil.

O plantio do milho 2021/22 começará nos próximos dias, enquanto o plantio da soja começará em outubro. Os lotes tardios de milho são plantados no final do ano.

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