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Bolsa tem fôlego para subir mais com entrada de estrangeiros, diz Citi

31 jan 2022, 17:39 - atualizado em 31 jan 2022, 17:39
Ibovespa
Comparado com outras bolsas, o Ibovespa está em nível interessante, diz Citi (Imagem: Reuters/Rahel Patrasso)

A bolsa brasileira e o câmbio devem continuar sustentados pelo capital externo, atraído por preços relativos baixos e juros perto dos 10%, segundo Eduardo Miszputen, chefe de tesouraria do Citi no Brasil.

O Ibovespa (IBOV) e o real ficaram mais baratos em termos relativos depois que sofreram mais que seus pares externos no semestre passado e agora são visados quando os investidores globais estão realocando recursos, disse Miszputen, em entrevista. Ele trabalhou no Citi em Singapura antes de assumir a tesouraria do banco no Brasil.

“A bolsa está relativamente barata em dólar e temos visto entrada de estrangeiros.”

O real registra valorização de mais de 5% e tem o segundo melhor desempenho entre as moedas emergentes este ano, recuperando parte da perda de 11% do segundo semestre de 2021, quando foi a terceira pior entre 24 divisas monitoradas pela Bloomberg.

Estrangeiros venderam US$ 9,2 bilhões em derivativos negociados na B3 nas últimas três semanas, levando suas posições ao ponto de maior otimismo visto nos últimos quatro anos.

O Ibovespa já subiu 12% em dólar e recebeu mais de R$ 20 bilhões em investimentos estrangeiros em 2022, após liderar as perdas entre os índices globais de ações no semestre passado.

Segundo o executivo do Citi, o estrangeiro vem mostrando apetite maior que o investidor local porque tende a olhar os fundamentos e a valorização dos ativos relativamente a outros países.

“Comparado com outras bolsas, o Ibovespa está em nível interessante.”

A alta de juros também favorece a entrada de capitais, com a Selic já perto dos 10% depois de ter permanecido em um piso histórico de 2% até menos de um ano atrás.

Nas próximas reuniões do Copom, o juro deve chegar 12% ou 12,5%, o que já está implícito nas curvas e atrai capital, disse o executivo do Citi.

“Quando se olha emergentes como México, Índia ou China, quem paga 10% de juros?”, afirmou Miszputen.

“Os juros internacionais estão ainda baixos e o Brasil se destaca, atraindo os investidores. Devemos ver por algum tempo a bolsa e câmbio com desempenho melhor que outros emergentes.”

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bloomberg@moneytimes.com.br
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