Bolsa flerta com correção e se afasta de recorde
O Ibovespa perdeu hoje o importante patamar dos 66 mil pontos e terminou a quinta-feira a 65.854 pontos. A queda de 1,69% é a maior vista desde o dia 30 de janeiro e, para analistas técnicos consultados hoje pelo Money Times, este pode ser um indicativo para uma mudança de tendência da Bolsa no curto prazo.
“Se o mercado não defender imediatamente os 66 mil vamos considerar uma correção no curto prazo”, ressalta Victor Benndorf, da Benndorf Research. Após encostar nos 70 mil pontos em 21 de fevereiro (69.052 pontos), o índice vem perdendo fôlego. De lá para cá, a desvalorização é de 4,6%.
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“O Ibovespa perdeu um suporte na média de 21 dias [em torno dos 66 mil] e, abaixo dos 65.590, projetará teste dos suportes em 65.000 ou 63.600. Acima dos 66.500 favorecerá retomada altista projetando o teste dos 67.500 ou 69.500 em topo. O IFR (índice de força relativa) voltou a favorecer baixa”, ressalta Gilberto Coelho, analista-chefe da Trade Radar.
Petrobras e Vale
A Vale (VALE5) também perdeu um suporte gráfico importante da média móvel de 21 dias, avalia o analista da Trade Radar. “Abaixo dos R$ 30 poderia levar aos R$ 28,26 ou R$ 25. Já acima de R$ 32,55 retomaria projeções em R$ 35,20 ou R$ 40. O IFR desfez o sinal de alta”, avalia. Os papéis terminaram o dia cotados a R$ 30,33, baixa de 4,83%.
Já a Petrobras (PETR4) também voltou a perder o patamar de 21 dias e, abaixo dos R$ 14,99, tem testes de suportes aos R$ 14,27 ou R$ 13,33, explica Gilberto Coelho. “Somente acima dos R$ 15,60 favorecerá retomada altista com projeções em R$ 16,43 ou R$ 18,49. O IFR desfez o sinal para alta”, ressalta. As ações preferenciais da estatal terminaram em baixa de 2,64%, a R$ 15,11.