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Bolsa Família poderá ser pago com criptomoeda? Veja a novidade da Caixa

27 jul 2023, 13:21 - atualizado em 27 jul 2023, 13:21
Agência da Caixa na Faria Lima (Kaype Abreu/Money Times)
Agência da Caixa na Faria Lima (Kaype Abreu/Money Times)

A Caixa Econômica Federal lançou um consórcio nesta quarta-feira (26) em parceria com a bandeira de cartões de crédito Elo e a Microsoft, com o objetivo de desenvolver o real digital, que é a criptomoeda oficial criada por empresas autorizadas pelo Banco Central (BC).

A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, destacou que os benefícios sociais e trabalhistas, como o Bolsa Família, poderão ser pagos no futuro utilizando o real digital, o que possibilitará a digitalização financeira e a inclusão social.

A proposta é utilizar a tokenização, que é a representação digital de bens ou produtos financeiros, para facilitar as negociações em ambientes virtuais. Por meio de códigos com requisitos, regras e processos de identificação, ativos ou frações deles podem ser comprados e vendidos online.

O projeto do real digital está em teste desde março e espera-se que esteja disponível para a população até o final de 2024.

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Compra de imóveis via token

Uma das principais aplicações previstas pelo consórcio é a compra de imóveis por meio do real digital. O processo funcionaria de forma similar ao Pix, com a aquisição e pagamento de prestações da casa própria sendo realizados por meio da criptomoeda.

Segundo o banco, isso proporcionaria uma maior velocidade e redução de custos nos financiamentos habitacionais. A medida traria benefícios tanto para a Caixa, que lidera a concessão de crédito imobiliário no país, quanto para o mercado imobiliário em geral.

Os testes dos sistemas desenvolvidos pelos consórcios autorizados pelo BC estão programados para iniciar em setembro. Nessa fase, a segurança da plataforma escolhida pelo BC será avaliada nas operações simuladas entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras.

Os ativos a serem usados no projeto-piloto incluem depósitos de contas de reservas bancárias, de contas de liquidação e da conta única do Tesouro Nacional, depósitos bancários à vista, contas de pagamento de instituições de pagamento e títulos públicos federais. As transações simuladas com títulos do Tesouro Nacional serão realizadas a partir de fevereiro do próximo ano.

Segundo o consórcio, a expectativa é que real digital traga avanços significativos na digitalização financeira do país e abra novas possibilidades para pagamentos, financiamentos e inclusão social, contribuindo para a modernização do sistema financeiro brasileiro.