CBOT

Bolsa de Chicago: soja anda de lado esperando novidades, sobretudo do Paraná

30 out 2019, 13:28 - atualizado em 30 out 2019, 14:11
Plantio no Paraná segue em observação, mas já não gera tanta preocupação com os atrasos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O mercado da soja na CBOT (Chicago) não tem sustentações de curto prazo para sair da modulação atual. Faltam novidades de fundamentos de Estados Unidos e do Brasil. Os futuros de março e maio estão sem força para manterem o bushel, de alguns dias, de US$ 9,60 e aproximadamente os US$ 9,70, respectivamente, e o contrato de novembro perece ter perdido definitivamente 10 centavos de dólar, também nas últimas sessões.

Quanto à novela Estados Unidos-China, o enredo de quase um ano: esperar ida e vindas em reuniões e reuniões.

Adriano Gomes, analista da Ag Rural, vê a colheita nos Estados Unidos, em reta final, entendida pelo mercado na faixa das 96 milhões de toneladas. Já absorveram os números do atraso, que vem desde o plantio.

“O mercado olha a América do Sul agora”, explica, “com atenção maior no atraso do plantio no Paraná”.

De fato, Gomes percorreu áreas com problemas, com lavouras tendo que ser replantadas e outras germinando agora, com o atraso das chuvas. Mas ele pensa que é cedo para bater o martelo sobre perdas, mais ainda substanciais – a quantidade de áreas é muito pontual -, de modo que o mercado segue atento.

Aliás, as preocupações com severas baixas paranaenses se dissiparam bastante.

Ainda dá tempo para a soja a ser replantada, no segundo maior produtor nacional, e com boas condições de produtividade. A questão é o problema sendo jogado para o milho.

“Quando mais próximo de dezembro, implica em janela mais estreita para o plantio do milho entre final de fevereiro e começo de março”, diz o analista.

Quanto ao dólar com tendência de queda no Brasil em 2020, salvo algum fato novo, influencia mais diretamente o mercado interno.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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