Mercados

Bolsa brasileira é a jogada mais defensiva contra conflito Rússia-Ucrânia, diz Bank of America

09 mar 2022, 16:51 - atualizado em 09 mar 2022, 16:51
Bolsa de Valores, B3, Ibovespa
No contexto atual, o Bank of America está favorecendo ativos de valor a ativos de crescimento (Imagem: B3/Linkedin)

No contexto atual de elevação nos preços das commodities ao redor do mundo, em particular energia e alimentos, a Bolsa de Valores no Brasil é a melhor forma de se defender, afirma o Bank of America (BofA).

Em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, a instituição está favorecendo ativos de valor a ativos de crescimento. O banco destaca que o Ibovespa é majoritariamente de valor, com 60% do índice composto por setor financeiro e commodities.

O BofA defende ainda que o Ibovespa continua “subvalorizado, pouco possuído por players globais e favorecido pela rotação global”.

Choque estagflacionário

O conflito no Leste Europeu deve levar a um choque estagflacionário global, com a Europa sendo a região mais afetada, afirma o BofA.

Em relação à América Latina, o choque na cadeia é positivo para exportadores de petróleo e alimentos, como Colômbia, Equador, Brasil, Argentina e Venezuela, enquanto Chile, Peru, México e a região da América Central e do Caribe despontam como os negativamente impactados.

Para o Brasil, em especial, o impacto deve ser pequeno, com políticas mais apertadas e inflação compensando os choques na comparação trimestre a trimestre.

O BofA elevou as expectativas de inflação para a América Latina, de 4,9% para 6,2% em 2022. A instituição adicionou mais aumento de juros para Brasil e México (+100 pontos-base), além de Chile, Colômbia e Peru (50 pontos-base).

“Esperamos uma inflação mais alta em geral. Os banco centrais na região devem ficar mais hawkish (agressivos em relação à inflação) para conter o choque”, diz o banco.

O BofA estima inflação em 6,5% e 6% para Brasil e México em 2022.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Disclaimer

Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.