Bolsa aumenta limite de oscilação dos futuros; dólar pode subir 9% e Ibovespa, cair 15%
Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini
A B3 mudou as regras de limite de oscilação dos contratos futuros para o pregão de hoje, em virtude da forte oscilação provocada pelas denúncias contra presidente Michel Temer. O contrato futuro de dólar e o mini (versão de pequeno valor) de dólar terão limite de 9% de alta hoje, ante 6% previstos anteriormente.
Para os contratos de Índice Bovespa futuro, o limite passará de 10% para 15% de baixa, em relação ao preço de ajuste do dia anterior. Já os contratos futuros de juros passam a ter aumentos de oscilação de acordo com o prazo, indo de 0,60 pontos percentuais para 0,80 pontos nos três primeiros meses, de um ano a 3 anos, de 1,20 ponto para 1,60 ponto, e a partir de 3 anos, de 1,35 ponto para 1,80 ponto.
Os limites de oscilação são diferentes no mercado à vista da bolsa. Nele, o Índice Bovespa pode cair até 10%, o que aciona o circuit breaker, que paralisa os negócios por meia hora. Depois, se o índice cair mais, até 15%, os negócios são paralisados por uma hora. Se na retomada o índice cair mais, para 20% em relação ao fechamento do dia anterior, então a bolsa pode definir o tempo de suspensão ou até a suspensão definitiva dos negócios.
No caso dos papéis, a regra é que, ao atingir o limite de oscilação, alta ou baixa, o papel entre em leilão, e poderá então ser negociado sem limite de oscilação.